AIDS avança entre os jovens

Cerca de 74,29% dos casos de Aids no Rio Grande do Norte foram notificados em jovens entre 15 e 19 anos. O dado se torna mais preocupante se for comparado o número de casos em 1983, que foram cinco, para o número registrado em 2006, que chegou a vinte casos. A situação chamou a atenção das Secretarias de Estado da Saúde e da Educação e resultou no lançamento de uma campanha ‘‘Saúde e Prevenção nas Escolas - Atitude para curtir a vida’’. ‘‘Estamos falando de casos conhecidos, mas há pessoas que têm Aids e não sabem’’, disse a secretária de Educação, Ana Cristina Medeiros. Com apoio do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Unicef, Unesco, Ongs e Fundac, o objetivo é chamar atenção para o Dia Mundial de Combate à Aids (1º de dezembro) e disseminar entre os adolescentes a cultura de que é preciso se prevenir, além de fazer o teste em caso de suspeita da doença. Para isso, a campanha está sendo levada aos professores e alunos da rede estadual de ensino para que eles se tornem agentes multiplicadores. Voltada inicialmente para o ensino médio, a campanha entra em uma nova fase e será estendida ao fundamental. O trabalho começou em 2006 e já está sendo desenvolvido em 88 escolas estaduais, dez só em Natal. O material, distribuido gratuitamente, possui uma linguagem específica para cada faixa etária. Em cada escola foram capacitados dois professores e 80 alunos, que vão ser responsáveis por passar informações aos colegas e à comunidade. É o chamado ‘‘protagonismo juvenil’’. Para o secretário de Saúde, Adelmaro Cavalcanti, o auxílio aos jovens é fundamental. ‘‘É importante essa rede de assistência, pois há jovens com a doença e não estão diagnosticados’’, disse. Algumas escolas estão realizando os exames, outras possuem postos próximos e disponibilizam os exames, como o Atheneu, Floriano Cavalcanti e Edgar Barbosa, em Natal. Caso o adolescente prefira um atendimento específico, o Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado no Alecrim, oferece um trabalho diferenciado.A campanha também alerta para atitudes cotidianas associadas a uma situação de risco, como o consumo de bebidas e o uso de drogas injetáveis. Além disso, muitas famílias não possuem o hábito de conversar sobre sexo seguro. ‘‘Naturalmente as famílias têm dificuldade em conversar sobre o assunto e acham que não falar evita que aconteça’’, observa a secretária de Educação, que alerta também para a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis e para a gravidez precoce. (Fonte: Diário de Natal)

Nenhum comentário:

REALIZE UMA CAPACITAÇÃO, PALESTRA OU OFICINA SOBRE INDISCIPLINA, BULLYING E ATO INFRACIONAL:

Precisa de Ajuda?