ÁLCOOL E CÂNCER


Jovens bebem cerveja durante show em Paris. Consumir vinho ou cerveja todos os dias, inclusive em pequenas quantidades, aumenta os riscos do câncer intestinal, segundo estudo publicado nesta terça-feira, na Grã-Bretanha. Foto:Miguel Medina/AFP


Consumo cotidiano de álcool aumenta riscos de câncer intestinal:

Consumir vinho ou cerveja todos os dias, inclusive em pequenas quantidades, aumenta os riscos do câncer intestinal, segundo estudo publicado nesta terça-feira, na Grã-Bretanha.
Beber dois copos de vinho ou duas cervejas aumenta os riscos de desenvolver essa doença em 25%, segundo o trabalho publicado no International Journal of Cancer. Um copo de vinho ou uma cerveja aumenta em 10%.
O estudo foi realizado com 478.000 pessoas em dez países europeus durante seis anos, das quais 1.800 desenvolveram um câncer intestinal.
"O aumento do risco não é muito importante, mas é necessário que as pessoas compreendam que podem reduzir a possibilidade de ter um certo número de cânceres, principalmente intestinal, limitando seu consumo de álcool", concluiu o professor Tim Key comentando seu artigo em matéria do Daily Telegraph.

DOCUMENTOS SECRETOS

DOCUMENTOS DA INDÚSTRIA DO TABACO: O QUE ELES DIZEM SOBRE A INDÚSTRIA NO BRASIL?
Este trabalho foi encomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde como parte de um projeto de múltiplas fases para analisar a indústria do tabaco e o controle do tabaco no Brasil. Este relatório preliminar representa a Fase I do projeto.Resumo Executivo• Este relatório expande os resultados de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde e apresenta resultados preliminares de um projeto de múltiplas fases para mapear os papéis da indústria do tabaco e do movimento de controle do uso do tabaco no Brasil.• Esta fase inicial foi desenvolvida para documentar as estratégias e operações da indústria do tabaco no Brasil na medida em que as mesmas podem ser determinadas através de uma revisão dos documentos internos da indústria do tabaco disponobilizados ao público após a resolução de casos jurídicos em 46 estados e territórios dos Estados Unidos com as empresas de tabaco sediadas nos EUA.• O Brasil é um importante mercado para a indústria de tabaco: sua grande população jovem é atraente para companhias de cigarro em busca de expansão; além disso, o cultivo, manufatura e exportação de tabaco e cigarros é uma atividade econômica importante.• Apesar do papel do tabaco na economia brasileira, o Brasil apresenta liderança mundial na implementação de medidas regulamentando a indústria do tabaco. A prevalência geral de adultos fumantes parece estar em declínio, mas o número de jovens fumantes permanece alto em certas áreas do país.• As principais empresas de cigarros que operam no Brasil são a Souza Cruz, subsidiária da British American Tobacco, com uma fatia de aproximadamente 75% do mercado; e a Philip Morris do Brasil, parte da Philip Morris International, com aproximadamente 15% do mercado.• Os resultados preliminares mostraram que há alguns temas com os quais as empresas de tabaco se preocupam mais: regulamentação, litígios e aceitabilidade do fumo pelo público. As empresas de tabaco trabalham para antecipar e responder às medidas de controle do tabaco utilizando argumentos similares aos utilizados pelas empresas de tabaco em todo o mundo: o cigarro é ummproduto lícito, os adultos têm livre arbítrio e fumantes e não fumantes podem compartilhar o mesmo ambiente.• Tudo indica que a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (conhecida pela sigla Anvisa) gerou um alto nível de atividade, na medida em que as empresas tentaram desenvolver melhores estratégias para operar num ambiente cada vez mais regulado.• Por décadas as empresas de tabaco vêm negando o risco para a saúde da exposição à fumaça do tabaco, financiando cientistas e consultores para questionar a evidência científica esmagadora de que o fumo passivo é tóxico.• Além de consultores e cientistas, as empresas de tabaco se engajaram numa campanha para promover a “cortesia” e a “harmonia”, em parceria com associações de hospitalidade. A intenção era convencer o público e as autoridades de que não há necessidade de fortalecer a legislação que promove o ar limpo em ambientes fechados, que essas medidas voluntárias de acomodação - que não trazem nenhum benefício para a saúde pública - seriam suficientes.• Há indícios de que as respostas aos litígios por responsabilidade civil dos fabricantes de cigarros no Brasil são manejadas pelas empresas a nível local e por suas sedes. Grandes nomes da comunidade jurídica foram muitas vezes contratados pelas empresas para preparar sua defesa. Existem alguns indícios de que em alguns casos a Souza Cruz e a Philip Morris desenvolveram estratégias conjuntas para assegurar que os litígios no Brasil não fossem resolvidos a favor dos queixosos. A ação de classe movida pela Adesf em nome dos fumantes parece ter sido uma preocupação especial para as empresas.• A indústria cortejou a mídia através da promoção de eventos e seminários especiais para educar jornalistas sobre o outro lado da “controvérsia” (quando não existe nenhuma controvérsia sobre os efeitos prejudiciais do tabaco).• A representante brasileira da International Tobacco Growers Association, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), parece ser um parceiro importante nos esforços políticos e legislativos das empresas de tabaco. Essa parceria parece ter sido particularmente importante durante o debate para ratificação da Convenção Quadro sobre o Controle do Tabaco da OMS.• As empresas de tabaco, parcialmente em resposta a um ambiente cada vez mais regulamentado, passaram a realizar atividades de “responsabilidade social empresarial” a fim de promover uma percepção positiva da indústria pelo público e evitar medidas regulamentares adicionais.Recomendações• Realizar, e disseminar, as outras fases desse projeto, atualizando as buscas nos arquivos de documentos da indústria e triangulando essas informações com dados obtidos em outros arquivos (tanto da mídia como de outras fontes disponíveis), bem com com entrevistas com atores importantes no controle do tabagismo. O produto final então dará uma visão mais abrangente dos papéis desempenhados pelos vários atores que estão envolvidos com o controle do tabaco no Brasil e sugerir opções para futuras atividades.• A política de controle do tabaco precisa continuar se baseando em evidências científicas e enfocar especialmente os temas vistos pelas empresas como as maiores ameaças ao lucro: regulamentação, restrições de marketing e ambientes livres de fumo.• Dentro de um contexto abrangente de controle do tabaco e implementação da CQCT da OMS, a Anvisa precisa continuar e fortalecer os esforços de regulamentação do tabaco, traduzindo os benefícios de suas ações em termos de uma melhor saúde da população.• Ao explorar a opção de litígio, advogados brasileiros precisam estar cientes e informados sobre os documentos internos das empresas de tabaco em domínio público, assim como das opiniões de outras cortes, a fim de contestar com maior eficácia os argumentos da indústria de negar responsabilidade. Os argumentos e o julgamento da Adesf, assim como a reação da indústria ao caso, poderiam ser divulgados mais amplamente.• É essencial que durante o debate para promover ambientes livres da fumaça do tabaco o público, os ativistas e as autoridades estejam informados sobre as campanhas nas quais as empresas de tabaco vêm se engajando há décadas para frustrar os esforços de implementação de políticas de ar limpo em ambientes fechados. A evidência científica é ineqüivoca ao afirmar que a exposição à fumaça do tabaco representa um sério risco para a saúde.• Ademais, as autoridades, o público e os ativistas precisam estar preparados para contestar as alegações das empresas de tabaco - e seus grupos de fachada na indústria da hospitalidade - de que acomodar fumantes e não fumantes no mesmo ambiente é uma alternativa segura. Não é possível remover as toxinas da fumaça do tabaco usando as tecnologias de ventilação atuais. Além disso, é importante estar ciente que a experiência mostrou que ambientes livres de fumo são viáveis e plausíveis para os negócios.• Por último, mas não menos importante, as agências governamentais e não-governamentais, assim como o mundo acadêmico, não devem apoiar ou participar de programas patrocinados pela indústria de tabaco desenvolvidos sob o pretexto de responsabilidade social empressarial. Esses programas educacionais e filantrópicos foram criados com a intenção de evitar maior regulamentação nos negócios da indústria do tabaco.Acesse o documento completo http://www.paho.org/English/AD/SDE/RA/Tobind-bra.htm

FUMANTES PASSIVOS

Filhos de fumantes viram "poço" de nicotina:
Derivado da substância é 5,5 vezes mais abundante em urina de bebês de tabagistas. Segundo pesquisadores, problema pode ser causa de morte súbita de crianças.As crianças cujos pais são fumantes têm em sua urina níveis 5,5 vezes mais altos de cotinina, um subproduto da nicotina. O efeito acontece mesmo que só um dos pais da criança seja fumante, indica um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido.A cotinina é uma das substâncias produzidas pelo organismo quando ele absorve nicotina e a "quebra" em pedaços para poder eliminá-la. Segundo a pesquisa, a principal contribuição para que as crianças tenham um nível elevado dela em sua urina são as mães fumantes, embora o impacto de um pai fumante também seja significativo.As medidas foram feitas a partir da urina de 100 bebês de três meses de idade. Desse grupo, 71 bebês tinham pelo menos um pai ou mãe fumante. A tendência é que as crianças com excesso de cotinina em sua urina venham de lares mais pobres, com menos acesso a ventilação, levando os pais a fumarem no mesmo ambiente onde estão as crianças. O fato de os bebês dormirem na mesma cama que seus pais também influencia o problema.Calcula-se que, só nos EUA, mais de 6.000 crianças pequenas morram anualmente por causa por serem fumantes passivas. Os pesquisadores avaliam que uma das causas da chamada morte súbita de bebês é o fato de eles dormirem com pais fumantes, expostas a partículas derivadas do cigarro.O estudo está na revista médica "Archives of Disease in Childhood".
Fonte : Do G1, em São Paulo (Portal de Notícias da Globo)

UM BILHÃO DE MORTES NESTE SÉCULO

Fumo pode matar 1 bilhão neste século, diz OMS:
Um bilhão de pessoas vão morrer vítimas de doenças relacionadas ao fumo neste século caso países ricos e pobres não se mobilizem contra o tabagismo, disseram na segunda-feira diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS).“O tabaco é um produto defeituoso. Mata metade dos seus consumidores”, disse Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Sem Tabaco, da OMS, no início de uma conferência internacional em Bangcoc que pretende traçar um plano mundial contra o cigarro.“Ele mata 5,4 milhões de pessoas por ano, e metade dessas mortes acontece em países em desenvolvimento. É como um (avião) Jumbo caindo a cada hora”, afirmou.O tabagismo está crescendo em muitos países em desenvolvimento, especialmente entre adolescentes, e por isso o número anual de mortos deve subir para 8,3 milhões nos próximos 20 anos, segundo Bettcher.Por outro lado, se os governos introduzirem medidas como aumento de impostos, proibição de propaganda e proibição do fumo em lugares públicos, a taxa de mortalidade relacionada ao tabagismo pode cair pela metade até 2050, disse ele.“É uma epidemia completamente evitável”, disse Bettcher, citando países como Cingapura, Austrália e Tailândia, cujas duras leis antifumo ajudaram as pessoas a largar o hábito. “Se fizermos isso, até 2050 podemos salvar 200 milhões de vidas”.Autoridades de 147 países participam da conferência, que pretende em uma semana definir leis contra a publicidade internacional do fumo – na Fórmula 1, por exemplo – e contra o contrabando de cigarros.Segundo a Aliança da Convenção-Quadro, que reúne centenas de organizações antifumo, cerca de 600 bilhões de cigarros (11 por cento do consumo mundial) foram contrabandeados em 2006.Além de manter os preços baixos e estimular a demanda, o contrabando também priva os governos de mais de 40 bilhões de dólares por ano em arrecadação tributária, segundo a entidade.Na Tailândia, a incidência do tabagismo caiu de 30 por cento da população, em 1992, para 18 por cento, o que as autoridades atribuem à proibição total da publicidade de cigarros nos últimos 15 anos.“Os remédios mais importantes no controle do tabaco são: Número 1 – aumento das taxas; Número 2 – proibição de anúncios; e número 3 – lugares públicos livres do tabaco”, disse Hatai Chitanondh, do Instituto de Promoção da Saúde da Tailândia.Além de definir leis internacionais contra a publicidade internacional e o contrabando, a conferência deve também adotar diretrizes para que os países adotem leis sobre o fumo passivo e as áreas livres de cigarro.Embora essas diretrizes não sejam de cumprimento obrigatório, elas deixaram os ativistas entusiasmados.“Não há nível seguro de exposição à fumaça do tabaco, e noções como um valor-limite da toxicidade do fumo passivo devem ser rejeitadas por serem contraditas por evidências científicas”, diz um esboço do documento.“Abordagens que não seja a de ambientes cem por cento livres de fumaça, o que inclui ventilação, filtragem do ar e uso de áreas designadas para o fumo, se mostram repetidamente ineficazes”.
Fonte : O Globo On Line

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