Indisciplina Causa Polêmicas - Matéria do Portal Terra


Indisciplina e punição: de trabalho forçado a espancamento

Já imaginou uma professora ameaçar usar um fuzil AR-15 na sala de aula para obrigar os alunos a fazer silêncio? Ou em pleno século 21 um estudante ser agredido com palmatória porque faltou a uma aula? Já pensou que alguém poderia espancar uma educadora simplesmente porque ela proibiu o uso do celular? A indisciplina é um problema crescente nas escolas e, muitas vezes, resulta em violência entre educadores e estudantes.

Atualmente, tramitam no Congresso Nacional brasileiro projetos de Lei que buscam punir os estudantes por indisciplina. Algumas escolas apostam em castigar alunos com a limpeza de banheiros e salas de aula. Mas as formas mais eficientes de acabar com o problema nem sempre são consenso. Veja a seguir dez casos de indisciplina em escolas que causaram polêmica - e a opinião de uma especialista sobre o assunto.

Professora sugere que pais deem cintadas e varadas em aluno

Cintadas e varadas foram as sugestões dadas por uma professora aos pais de um aluno de 12 anos para resolver problemas de indisciplina. O caso aconteceu na Escola Municipal José de Anchieta, em Sumaré, interior de São Paulo. A docente escreveu uma carta de próprio punho, assinada em um papel com o timbre do colégio. 'Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver acho que umas cintadas vai resolver (sic)', inicia o recado. Na frase seguinte, ela conclui: 'Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade não consiga evitar encrencas'. O bilhete endereçado aos pais foi entregue pela professora, que leciona Português na 5ª série do Ensino Fundamental. Segundo a direção da escola, a carta não passou pela orientadora educacional. No dia 26 de junho, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Sumaré anunciou o afastamento da professora por 90 dias. A Prefeitura também informou que abriu uma sindicância para apurar o caso.

Foto: Reprodução

Aluna posta foto de professora na web, e pais terão que indenizar

Os pais de uma estudante da Escola Rural São Vicente de Paula, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, foram condenados a indenizar a professora de sua filha em R$ 5 mil por danos morais. A professora afirmou que a aluna tirou, sem autorização, uma fotografia de suas nádegas e postou em um site de relacionamento com a descrição 'televisão de 42 polegadas', o que lhe causou humilhação, pois tomou ciência do fato através dos próprios alunos.
Os pais alegam que procuraram a professora, mesmo sob a negativa da filha de ter cometido o ato, para se desculparem. Afirmaram também que não há provas de que a fotografia foi tirada pelo aparelho celular da menina e que houve exagero da professora, que poderia ter levado o caso para a direção da escola, pois se tratava de uma questão geral.

Foto: Reprodução

Cansada da bagunça em aula, professora ameaça usar AR-15

Ameaçar usar uma arma foi a forma encontrada por uma professora para acabar com a bagunça em sala de aula no Rio de Janeiro. No dia 7 de abril, mesmo dia do ataque à Escola Tasso da Silveira, em Realengo, a educadora foi acusada de ameaçar os alunos com o uso de um fuzil AR-15. Segundo informações fornecidas à Secretaria Municipal de Educação do Rio, ela teria escrito no quadro negro a frase: 'Fiquem quietos, caso contrário, usarei minha AR-15, de 3,5 m de cano, que está em minha bolsa. A arma é automática'.
O fato aconteceu na Escola Municipal Bento do Amaral Coutinho, em Santa Cruz. Os alunos fizeram imagens do texto escrito no quadro e alguns pais procuraram a escola para cobrar explicações. A secretaria disse que, assim que tomou conhecimento do caso, a direção da escola conversou com a professora. Ela teria afirmado que foi apenas uma brincadeira e se desculpou com os alunos. Em um comunicado à imprensa, a secretaria informou que 'considera inaceitável este tipo de conduta' e que uma sindicância foi aberta para 'apurar melhor os fatos'.


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Por indisciplina, alunos limpam banheiros de escolas em MS

Alunos indisciplinados de escolas de Campo Grande (MS) são punidos com a limpeza de banheiros, pintura de paredes e trabalho de jardinagem nas escolas. A iniciativa faz parte de um projeto implantado pela Promotoria da Infância que consiste em promover ações pedagógicas para punir o comportamento dos jovens.
O castigo ao adolescente, ideia adotada em 60% das escolas estaduais, é aplicado depois do horário de aula e com autorização dos pais, por no máximo um mês. Sérgio Harfouche, promotor de Infância e Juventude de Campo Grande e criador do projeto, se baseia nos números para defender a tese. Segundo ele, os casos de violência, vandalismo e uso de drogas caíram 75% nos últimos dois anos nas escolas que adotaram a punição. Já o Ministério do Trabalho quer impedir a continuidade do sistema, 'uma vez que é proibido o trabalho abaixo dos 16 anos e o trabalho insalubre para menores de 18 anos.'

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Professora tenta organizar turma e é atingida por apontador

Muitos alunos não gostam quando os educadores tentam controlar a bagunça na sala de aula. Foi o que aconteceu com uma professora de 51 anos, que sofreu hemorragia no olho direito após ser atingida por um apontador quando tentava organizar a turma, no dia 11 de fevereiro deste ano, na Escola Estadual Oscar de Barros Serra Dória, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
O apontador teria sido atirado por um aluno da primeira série do Ensino Médio, durante a saída da sala de aula. O fato ocorreu quando Rosemeire Silveira de Souza tentava fechar a porta para organizar a saída dos 40 alunos da turma. No meio do tumulto, alguém não gostou e arremessou o apontador.

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Por indisciplina, professor agride aluna em sala de aula

Estudantes de uma turma da 5ª série de uma escola estadual de Passo Fundo (RS) gravaram o momento em que um professor de Ciências supostamente agride uma aluna de 11 anos em sala de aula. O educador disse que ficou nervoso após ter sido desrespeitado ao pedir silêncio e ordem.
O caso aconteceu no dia 13 de abril e, segundo a Coordenadoria Regional de Educação, o professor foi afastado das atividades. Se necessário, ele receberá atendimento médico e psicológico.

TERRA Vídeo mostra adolescente sendo agredida por professor

Justiça condena aluno por insultar professor em aula

A Justiça de Minas Gerais condenou um estudante universitário a pagar multa e prestar serviços comunitários por insultar um professor da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec). O educador alegou que, por duas vezes, o estudante esbarrou nele, ao entrar na sala, 'de forma deliberada e intencional', com o intuito de humilhá-lo perante outros alunos.
Segundo a sentença, de novembro de 2010, o professor teria advertido o aluno dos atos inadequados, mas o estudante demonstrou desprezo e insinuou que o professor seria homossexual. A Justiça considerou que as agressões foram gratuitas, 'desproporcionais em relação à causa e à ação, não se justificando pelo simples fato de o aluno não simpatizar com o professor em razão de não estar obtendo boas notas em sua disciplina'.

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Aluno bate em professora que não permitiu uso de celular

Um aluno de uma escola secundária de Buenos Aires, na Argentina, agrediu uma professora de matemática quando foi repreendido por utilizar o telefone celular durante a aula. De acordo com relatos dos colegas do jovem, que estuda há quatro anos na instituição, ele havia sido repreendido várias vezes pela professora por usar o celular em aula.
Segundo os alunos, quando a docente lhe chamou a atenção mais uma vez, ele começou a agredi-la, diante do olhar atônito dos colegas. O caso não foi comentado pela direção da instituição. A utilização de telefones celulares nas escolas foi proibida em várias províncias argentinas.

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Professora agredida após repreender aluno recebe indenização

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou que os pais de um estudante que agrediu uma professora dentro de uma escola estadual da cidade de Jaguarão paguem a ela R$ 2 mil de indenização. A agressão ocorreu há mais de dois anos, quando o menino tinha 13 anos e cursava a quinta-série.
A professora disse que repreendeu o menino após flagrá-lo jogando frutos de cinamomo em outra aluna no recreio. Em seguida, o menino teria segurado o braço da professora com uma das mãos e, com a outra, desferido tapas repetidamente. A educadora ficou afastada da escola por alguns dias e precisou de acompanhamento psicológico.

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Acusado de roubo, aluno é espancado até a morte por professor

Um professor de uma escola islâmica da Malásia é acusado de espancar até a morte um aluno de 7 anos. No dia 31 de março de 2011, o estudante Saiful Syazani Saiful Sopfidee teria tido suas mãos amarradas a uma janela e teria sido espancado por duas horas, após ter sido acusado de roubar o equivalente a R$ 3,70 de um colega.O professor de 26 anos se entregou à polícia e poderá ser acusado de assassinato, crime que pode ser punido com a pena de morte por enforcamento. Os jornais da Malásia disseram que o episódio foi o maior caso de violência nas escolas nos últimos 15 anos.

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Estudantes são punidos com palmatória em escolas americanas

Se você pensa que a imagem do diretor da escola patrulhando os corredores com uma palmatória em mãos pertence ao passado, está enganado. Nos Estados Unidos, essa prática ainda está presente em 20 Estados. Segundo o jornal The New York Times, a maioria desses locais fica no sul, onde a palmatória segue impregnada na estrutura social e familiar de algumas comunidades.
Tyler Anastopoulos, aluno do terceiro colegial, é um dos jovens que ainda sofre com a prática. Por indisciplina, ele foi enviado ao assistente de direção da escola em que estuda no Texas e levou três pancadas nas nádegas com uma palmatória. Segundo sua mãe, Angie Herring, os golpes foram tão fortes que causaram escoriações profundas e o menino foi parar no hospital.
Alguns grupos como o Center for Effective Discipline (Centro pela Disciplina Eficaz, em português ), rastreiam a prática em todo o país e defendem seu fim. Já os apoiadores da medida dizem que esta é uma forma eficaz de garantir a disciplina nas escolas.

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Professora manda aluno pintar parede pichada e recebe críticas de pais

O que você faria se visse uma pessoa pichar a parede de um prédio que acabou de ser pintada? A atitude de uma professora de escola pública de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), causou polêmica. Após um estudante de 14 anos, que estudava na sexta-série, ter pichado a parede da escola pintada por um mutirão da comunidade, a educadora mandou que ele apagasse as manchas e fizesse retoques na pintura de outras salas.
Um vídeo feito por estudantes mostra o aluno limpando as paredes e a professora o chamando de “bobo da corte”. Os pais do estudante viram as imagens e ficaram revoltados. A professora se desculpou por ter usado a expressão, mas defendeu a punição.

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Há uma solução razoável para problemas de indisciplina?

Segundo a professora do Departamento de Educação do campus de Rio Claro da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Joyce Mary Adam de Paula e Silva, para resolver os problemas de indisciplina nas escolas é preciso que haja diálogo entre professores e alunos. “O professor, enquanto orientador da criança e do adolescente, deve ter clareza do que considera aceitável ou não. Após isso ser definido pelo grupo escolar, as regras devem ser apresentadas e discutidas com os alunos”, diz.
A educadora afirma que se os estudantes estão envolvidos nesse processo eles aprendem a respeitar as regras. “Se todos participam, os próprios colegas ajudam a fiscalizar o cumprimento das normas”, diz. Ela também defende que fazer os alunos limparem o que sujaram, pintarem as paredes pichadas, entre outras atividades, são formas educativas de evitar que esses erros se repitam.
Ela ainda sustenta que enfrentar a indisciplina envolve também a família, que precisa valorizar o respeito e impor limites, e a comunidade como um todo, mas critica a criação de novas leis para punir os alunos indisciplinados. 'Não acho que novas leis ajudem nesse processo. As regras na constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente já existem. Não adiantam criar mais leis, mais regras e isso não ser trabalhado no grupo. Tem que fazer funcionar o que já existe', explica. De acordo com a educadora, a escola tem que tomar para si essa tarefa. “Ela não pode jogar para outros esse desafio, que é pedagógico, e não judicial”, afirma.
Joyce aponta que o professor precisa ter autoridade diante da turma. “Porém, isso só se conquista quando o educador tem autoestima, quando ele sabe a importância do seu trabalho. Para que isso ocorra, é preciso valorizar a carreira do magistério, tornar ele importante para o aluno e para a sociedade”.
A especialista em educação afirma que é preciso recuperar a importância do conhecimento. 'O aluno precisa saber que o professor é uma autoridade, que tem o conhecimento e vai ajudar no seu crescimento'
Para ela, com um professor valorizado e alunos cientes da relevância da educação são os passos fundamentais para recuperar a disciplina no ambiente escolar.

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Curso de Prevenção do Uso de Drogas para 70.000 Educadores de Escolas Públicas


Promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça em parceria com Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC)
Inscrição: 1º a 15 de Julho de 2012 - Prorrogado até o dia 06/08/2012.
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça em parceria com Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) lançam a 5ª edição do Curso de Prevenção do Uso de Drogas para 70.000 Educadores de Escolas Públicas. O Curso é totalmente gratuito e executado pelo PRODEQUI/PCL/IP da Universidade de Brasília - UnB. Esta oferta é parte integrante do Plano "Crack, é possível vencer", que no eixo prevenção prevê ampla capacitação para profissionais das redes de educação, segurança pública, saúde e assistência social, além de conselheiros e lideranças comunitárias e religiosas.
Todo o processo de inscrição e seleção deve ser acompanhado no site http://educadores.senad.gov.br
Requisitos obrigatórios para inscrição
1)Ser educador efetivo ou temporário de Escola Pública estadual, municipal ou do Distrito Federal do ensino fundamental ou médio de todo o Brasil, em exercício em unidades de ensino;
2) Realizar inscrição on-line no período determinado (1º a 15 de Julho) e confirmá-la se selecionado.
Critérios de classificação: As 70 mil vagas serão preenchidas obedecendo aos seguintes critérios de prioridade:
1)Escolas das Unidades Federativas pactuadas no Plano "CRACK, é possível vencer!"
2) Grupos de no mínimo 5 e no máximo 10 educadores cursistas por escola;
3) Escolas que tenham inscrito membros da gestão administrativa e/ou pedagógica (direção, coordenação pedagógica, orientação educacional, administração escolar, supervisão escolar, entre outros);
5) Escolas inseridas em Programas do MEC, tais como: PSE (Programa Saúde na Escola), SPE (Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas), Programa Mais Educação, Programa Educação Integral, Programa Ensino Médio Inovador, Programa Escola Aberta e outros. Período do curso: agosto /2012 a abril /2013. Objetivo do curso: formação de educadores das escolas públicas para elaboração e implementação coletiva de um projeto de ações preventivas para a escola, contribuindo com o fortalecimento da comunidade escolar na prevenção ao uso de drogas. Metodologia/ Material pedagógico: curso à distância, oferecido em plataforma moodle, composto de 5 módulos, com tutoria virtual no período de 8 meses do curso.  Cada cursista receberá um Kit individual de material pedagógico, composto de livro-texto e DVD. Condições pedagógicas exigidas pelo curso: os educadores inscritos deverão ter acesso à Internet e disponibilidade semanal para estudo e realização das atividades exigidas pelo curso, com apoio institucional para a realização do projeto de prevenção do uso de drogas da escola.
Certificação: os educadores cursistas aprovados receberão Diploma de Curso de Extensão Universitária, de carga horária de 180 horas, emitido pela Universidade de Brasília - UnB.
INFORMAÇÕES E DÚVIDAS:
Prodequi - Universidade de Brasília
O telefone de contato para dúvidas de inscrições dos cursistas será (61) 3107-8912, e o e-mail: tirandoduvidas.prodequi@gmail.com
Fonte: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD/ Ministério da Justiça

Estudo mostra como jovens infratores avaliam a escola


Apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegurar o direito ao acesso amplo e irrestrito à educação por todos os jovens, incluindo os em conflito com a lei, as escolas públicas brasileiras têm dificuldade em incluir e integrar os adolescentes que cometeram atos infracionais, possibilitando que eles permaneçam na instituição.
Um estudo realizado por Aline Fávaro Dias no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou alguns dos fatores que facilitam ou dificultam a permanência na escola de jovens infratores. O trabalho ganhou o Prêmio Crefal de Melhores Teses sobre Educação de Pessoas Jovens e Adultas, edição 2011, concedido pelo Centro de Cooperação Regional para a Educação de Adultos na América Latina e no Caribe (Crefal) - um organismo internacional de cooperação na área de educação, apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O estudo também resultou em um capítulo de um livro organizado por Dias e publicado no fim de maio. No estudo, Dias, que é graduada em psicologia, realizou entrevistas e acompanhou seis adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em regime de liberdade assistida pelo Programa de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de São Carlos, com o intuito de compreender o significado que eles atribuem às suas vivências escolares.
Dias constatou que, em geral, os adolescentes - que apresentam baixa escolaridade e histórico de repetência, expulsão e evasão escolar - veem a escola de uma forma ambígua. De um lado, apesar de a escola ser avaliada por eles como um espaço onde são estigmatizados, excluídos e rotulados, por outro lado, a instituição também é vista por esses jovens como um ambiente de socialização, onde podem fazer amizades, paquerar e namorar. Já o conteúdo escolar é considerado como desinteressante e algo secundário.
"Eles invertem a função da escola. O aprendizado, que é considerado primordial para a escola, carece de sentido para eles por não conseguirem ver uma aplicação prática no dia a dia do conteúdo que aprendem, e a sociabilidade passa a ser o aspecto mais importante", disse Dias.
Segundo a psicóloga, além da falta de vínculo do conteúdo escolar com a realidade, outros fatores que contribuem para essa percepção invertida dos jovens infratores sobre a escola são o próprio envolvimento desses adolescentes em atos infracionais, que faz com que se distanciem da instituição, além da baixa escolaridade dos pais e a dificuldade da instituição escolar em lidar com eles. "De modo geral, as instituições de ensino possuem pouca informação sobre o ECA e sobre quais são as medidas socioeducativas previstas para um jovem que cometeu um ato infracional", disse.
Em função dessa carência de informação, as escolas tendem a excluir e a rotular esses jovens - que podem possuir maior dificuldade de aprendizagem e de relacionamento com os colegas - como perigosos ou a responsabilizá-los por tudo o que acontece de ruim na instituição, como atos de vandalismo.
"A escola acaba vendo esses jovens como problemáticos e que talvez se não estivessem ali seria melhor. É muito comum a prática de expulsão e transferência compulsória desses adolescentes, passando o problema de uma escola para a outra e não resolvendo, de fato, a situação deles", disse Dias.
Segundo ela, a maioria dos jovens em conflito com a lei tem dificuldade de encontrar vagas nas escolas, fazendo com que desistam de estudar ainda no ensino fundamental. "Eles reconhecem que a escola e o estudo são importantes, mas mesmo reconhecendo isso não conseguem permanecer na instituição", afirmou.[Fonte: Terra] Com informações da Agência Fapesp.

Aberta seleção de projetos de organizações não governamentais que atuam em rede nas áreas de aids e hepatites

segue para conhecimento e divulgação.
Att
Teresinha Nunes
Vigilância Epidemiológica - 23ª GESA
Telefone: (47) 34231270

Prezados,

Segue para conhecimento e divulgação.

Atenciosamente,

Gerencia de Vigilância DST/HIV/Aids/HV

Edital
Aberta seleção de projetos de organizações não governamentais que atuam em rede nas áreas de aids e hepatites
Serão destinados R$ 10 milhões para iniciativas que atuem, prioritariamente, com usuários de drogas, gays e profissionais do sexo
26.06.2012
Ações de prevenção voltadas à saúde de profissionais do sexo, pessoas que usam álcool e outras drogas, gays, HSH, travestis, transexuais e outras populações vulneráveis às DST, aids e hepatites virais contarão este ano com um reforço de R$ 10 milhões do Ministério da Saúde.  O recurso será destinado a instituições que trabalham com ações de prevenção e incentivo ao diagnóstico dessas doenças. Um dos pré-requisitos para participação é atuar em rede ? deve haver uma organização proponente e parceiras regionais. A seleção para financiamentos de projetos de Organizações da Sociedade Civil (OSC) será por meio de edital lançado hoje (26) pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde.
O edital está disponível aqui. Serão consideradas as propostas registradas no protocolo do Departamento até o dia 10 de agosto. A iniciativa busca aprimorar a resposta ao HIV/aids e às hepatites viras e fortalecer a parceria com os movimentos sociais, que têm pleiteado maior apoio do governo federal para projetos regionais nessa área. ?As propostas vão contemplar o público prioritário no enfrentamento dessas doenças. O edital é resultado do compromisso do Ministério da Saúde na manutenção e ampliação de parcerias com a sociedade civil organizada?, explica Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Podem participar OSCs, sem fins lucrativos, organizadas em parcerias, que tenham como beneficiários diretos populações em situação de maior vulnerabilidade às DST/HIV/aids e hepatites virais. Os participantes precisam comprovar que desenvolveram, nos últimos três anos, atividades voltadas à prevenção e à promoção do diagnóstico entre o público específico beneficiário do projeto.
Serão financiados projetos de âmbito regional que contemplem, no mínimo, três estados da região Norte, cinco da região Nordeste, dois da região Sul, três da região Sudeste e dois da região Centro-Oeste.  O edital é fruto de cooperação técnica entre o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, o Banco Mundial (BIRD) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O valor máximo, por proposta, é de R$ 360 mil.
Mais informações
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 3315-7616/7624/7651/7610

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