Artigo Para Reflexão Sobre Preconceito Racial

Negro Sim Senhor

20 de novembro de 2015

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Ideraldo Luiz Marcos, Professor
Sim, sou negro e daí? O que você pode fazer por mim? São questionamentos que eu faço ao longo de minha exitosa existência, mas não vislumbro melhorias nas tratativas da causa do negro brasileiro. Sem querer retornar para a história do Brasil, nem olhar para o retrovisor da vida real, afirmo que nós, negros, precisamos de verdadeiras oportunidades e não de prêmios consoladores por sermos diferentes, diante dos olhos de quem nos vê. O direito à igualdade é inquestionável para todos os seres, independentemente da cor de suas respectivas peles.
É extremamente estarrecedor percebermos o quanto somos manipulados nas lidas cotidianas. A cor da pele não pode ser impedimento para o desenvolvimento integral do indivíduo. Temos um inimigo invisível, que é o covarde preconceito racial, e devemos destravar as barreiras absurdas de camuflagem preconceituosa.
Então, se faz necessário um combate escancarado em prol da desejada igualdade, vasculhar as sombrias gavetas da desigualdade e sarar definitivamente as feridas não cicatrizadas. Com absoluta certeza, ainda há uma infestação contagiosa de racistas de plantão, que se escondem atrás de seus disfarces e sistematicamente proliferam suas ideias ultrajantes de pleno poder.
Estou plenamente convencido de que estamos sendo enganados por falsas verdades, onde nos é imposto um eterno flagelo social e moral, colocando-nos fora de qualquer expectativa de melhores dias. O chicote do feitor insiste em nos castigar violentamente. As chibatas atuais se encontram nos gabinetes acarpetados de homens que usam e abusam do direito de ferir nossa honra. Pois nossa honra é constantemente afetada quando alguém afronta acintosamente nossa inteligência, não nos possibilitando o mínimo acesso aos primeiros escalões de empregos, fazendo de conta que estamos sendo tratados como iguais.
É assustador verificarmos todo esse engodo político social, que enaltece midiaticamente os direitos iguais para todos, mas, infelizmente, somos relegados aos planos secundários de quem manda, empobrecendo e aniquilando nossas exaustivas esperanças. Somos negros e queremos apenas dignidade. [Fonte: Jornal AN]

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