FOLDER ELABORADO PELO CEREST


ÁLCOOL E TABACO



Saúde:
Estudo condena álcool e tabaco.
Publicação britânica defende o controle das substâncias lícitas.



Álcool e tabaco são mais prejudiciais à saúde do que drogas ilegais como maconha e ecstasy, segundo um estudo publicado na revista científica britânica The Lancet, do Reino Unido.

Na edição deste mês, o professor David Nutt, da Universidade de Bristol, e colegas propuseram uma nova classificação para substâncias nocivas, com base nos riscos que apresentam à sociedade. Na lista, o álcool e o tabaco estão entre as 10 mais perigosas.

Os estudiosos usaram três fatores para determinar o mal associado a qualquer droga: o mal físico para o usuário, o potencial de causar dependência e o impacto na sociedade do uso da droga. Os pesquisadores perguntaram a dois grupos de especialistas, psiquiatras trabalhando com viciados e autoridades e policiais com conhecimento científico ou médico, a fim de criarem uma classificação para 20 drogas, como heroína, cocaína, ecstasy e LSD.

A classificação destoa da estabelecida pela Grã-Bretanha. Heroína e cocaína foram consideradas as mais perigosas, seguidas por barbitúricos e metadona. O álcool ficou em quinto, e o tabaco, em nono. A maconha, em décimo primeiro, e o ecstasy, entre os últimos.

Fumo provoca 40% dos casos hospitalares.


Segundo a atual legislação sobre drogas na Grã-Bretanha, álcool e tabaco são legais, enquanto maconha e ecstasy são ilegais. Um comitê parlamentar já havia questionado no ano passado a atual classificação das drogas na Grã-Bretanha e pedido mudanças.

O atual sistema é mal concebido e arbitrário. A exclusão do álcool e tabaco é, numa perspectiva científica, arbitrária.

O tabaco é responsável por cerca de 40% dos atendimentos hospitalares, enquanto o álcool é culpado por mais da metade dos atendimentos emergenciais. As substâncias também afetam a sociedade de outras formas, prejudicando as famílias e ocupando os serviços policiais.

CIGARRO TURBINADO

Fábricas aumentaram nicotina no cigarro, mostra estudo.

Segundo a pesquisa, fabricantes não só aumentaram a concentração de nicotina mas também modificaram a composição do CIGARRO.

A análise do teor de nicotina nos cigarros vendidos no Estado de Massachusetts, nos EUA, confirmou que os fabricantes aumentaram em 11% o nível dessa substância em seus produtos, entre 1997 e 2005. A pesquisa é da Harvard School of Public Health (HSPH) e se baseia nas informações enviadas pelas empresas ao Departamento de Saúde Pública de Massachusetts (MDPH, na sigla em inglês). A nicotina é a principal substância dos cigarros a causar dependência.

Segundo a pesquisa, os fabricantes não só aumentaram a concentração de nicotina, em cerca de 1,6% ao ano, mas também modificaram a composição do cigarro para aumentar o número de tragadas. Com isso, o produto final se tornou mais viciante. Desde 1997, uma lei estadual exige a emissão de relatórios anuais do MDPH sobre as marcas de cigarro vendidas em Massachusetts.

O estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard foi conduzido por Gregory Connolly e Howard Koh, membros do Tobacco Control Research Program. "Nossa análise mostra que as companhias de cigarros vêm aumentando ano a ano a droga nicotina em seus cigarros sem nenhum alerta a seus consumidores", diz Connolly. (AE-AP)

PESQUISA SOBRE TABAGISMO

SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Programa de Saúde e Prevenção avança nas escolas de SC


Texto: Suely de Aguiar

Dados da Unesco comprovam que o Brasil conta com mais de 54 milhões de pessoas na faixa entre 10 e 24 anos de idade, representando 30,3% da população. O sistema de ensino brasileiro abriga em torno de 62% adolescentes e jovens nessa faixa etária. A ênfase das ações de prevenção e promoção à saúde, direcionadas a esse grupo, decorre da diminuição gradativa da idade média de iniciação sexual dos brasileiros, aumentando a vulnerabilidade dos jovens à infecção pelo HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez não planejada. Em função dessa realidade, Ministério da Educação, Unesco e Secretarias de Estado da Educação desenvolvem nas unidades escolares da rede pública o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, executado em quatro etapas com a capacitação e formação de grupos gestores federal, estadual, regional e municipal. “O objetivo é orientar, através da apropriação de conhecimentos científicos o aluno para uma vida sexual saudável e responsável”, ressalta a coordenadora do Núcleo de Prevenção e Educação (NEPRE) da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, Valda Mendonça Dias.

Em Santa Catarina, as duas primeiras etapas já foram realizadas e a partir de abril a Secretaria de Estado da Educação (SED) promove cursos de capacitação e formação nas 30 Gerências Regionais de Educação. Encerrada essa fase, serão capacitados profissionais dos municípios, envolvendo professores, diretores de escolas e pais de alunos que atuarão como multiplicadores junto aos alunos e comunidade em geral. Entre as linhas de ação do Grupo Gestor Local está o de identificar as escolas que apresentem condições favoráveis à disponibilização de preservativos (camisinhas), inserindo-os na logística de distribuição local.

A coordenadora do NEPRE da SED e integrante do Grupo Gestor Estadual explica que no final do Programa se a comunidade escolar julgar importante a distribuição de camisinhas na unidade escolar, o procedimento poderá ser adotado. Caso contrário, a distribuição continua nos postos de saúde de cada município. “Os pais e comunidade podem ficar tranqüilos que não será remetido nenhum preservativo para as escolas sem o desenvolvimento do Programa e o acordo com a comunidade em geral”, esclarece. Para ela, só com um trabalho interinstitucional (Saúde, Educação, Família e comunidade) será possível dar ao estudante uma educação que permita a ele a conquista de espaços na sociedade e condições de se inserir no mercado de trabalho.

O Grupo Gestor Municipal será composto por representantes da Saúde, através dos programas Saúde e Família e Agentes Comunitários ; representantes da Educação, envolvendo as unidades escolares da rede pública e universidades; Comunidade, através dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, ONGs e OCIPs. Apesar de ser voltado para a rede pública, o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas não impede a participação de estabelecimentos de ensino particulares. Os temas abordados estão relacionados a gêneros, sexualidade na vida humana, saúde sexual e reprodutiva, prevenção das DSTs e AIDS e aos direitos humanos reprodutivos.

Sobre a importância do uso de preservativos, Valda argumenta a sua necessidade em função de informações alarmantes como o aumento da gravidez precoce e, embora a incidência da AIDS tenha caído entre os homossexuais, o número aumentou entre os heterossexuais, jovens, mulheres e pessoas da terceira idade. Segundo a educadora, a displicência dos jovens e o aumento das atividades sexuais de homens da terceira idade que utilizam o Viagra e mantém relações extra-conjungais contribuem para o número de infectados, como as própria esposas, já que dispensam o uso de preservativos.

Pesquisas da Unesco atestam que a redução da idade de iniciação sexual, provavelmente, é uma das causas no Brasil, que em setembro de 2003, acumulou um total de 55.060 casos de AIDS entre os jovens menores de 24 anos, sendo 32.116 adolescentes do sexo masculino e 22.944 do sexo feminino. Isso representa 15,2% dos casos notificados da doença no Brasil no período de 1980 a 2004 (PNDST/AIDS 2004).

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE TABAGISMO

Fonte: Revista do Correio Brazilienze de Domingo.
Data: 06/03/07

Chega neste semestre ao mercado brasileiro o primeiro medicamento criado especificamente para quem deseja largar o cigarro. Além do aliado terapêutico, há um outro motivo para abdicar do vício: o mundo já não é um bom lugar para os fumantes
As 101 pessoas mais influentes que nunca viveram, o caubói do Marlboro foi considerado o personagem mais influente na formação do comportamento da sociedade - para se ter uma idéia, foi mais lembrado do que Papai Noel. Se o título é digno de aplauso como jogada de marketing, vale lembrar que a imagem dele já não tem nada tem a ver com o charmoso domador de cavalos dos anos 50. Ele agora é vilão. No cinema ou na TV, hoje o fumo serve para compor personagens de caráter duvidoso ou malsucedidos financeiramente. Uma mudança que reflete a tendência de acabar com qualquer glamour que possa ter existido num maço de cigarros.
Fumar está fora de moda. Esse é o primeiro fato. Existe uma cruzada antitabagista mundial, que alcançou até a França - um dos últimos países a restringir os lugares onde as tragadas são livres - e está transformando o planeta num habitat hostil para o fumante. Esse é o segundo fato. O terceiro e mais contundente fato: o vício em tabaco mata cerca de 5 milhões de pessoas no mundo por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ou seja, a opção para quem deseja viver mais e conviver melhor socialmente se restringe a parar ou parar. Mas como?
A Revista do Correio ouviu especialistas sobre o assunto, que são categóricos: nenhum apoio terapêutico servirá como aliado se a pessoa não tiver tomado a decisão de largar o vício. Mas para quem chegou nesse estágio, há uma boa notícia. Até o fim do semestre, chega ao Brasil a primeira droga criada especialmente para combater o tabagismo: a vareniclina.


O cerco no mundo:
1 – FRANÇA: No mês passado, a França adotou proibição do fumo em locais públicos. Fica vetado acender cigarros em hospitais, escritórios, estações de trem e aeroportos sob o risco de ser multado em 68 euros (R$ 188). Mas em bares, restaurantes, tabacarias, cassinos e discotecas o fumo está permitido até janeiro do ano que vem. Esses estabelecimentos tiveram o prazo prorrogado para se adaptarem, construindo 'fumódromos'.
2 – BRASIL: Desde 1996, existe lei que proíbe fumar em recinto coletivo, seja ele privado ou público, tais como repartições públicas, salas de aula, bibliotecas, ambientes de trabalho, teatro e cinemas. Mas foi apenas quatro anos depois que a proibição de fumar em aeronaves e demais veículos de transporte coletivo foi editada. Nesse mesmo ano, ficou vetada a participação de crianças e adolescentes na publicidade de produtos derivados do tabaco assim como a propaganda por meio eletrônico.
Em 2002, foram proibidos produção, importação, comercialização, propaganda e distribuição de alimentos na forma de cigarro, charuto, cigarrilha. Além disso, no Brasil não se vende cigarro para menores de 18 anos e a frase "Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina, que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias" deve ser destacada nas embalagens de cigarro.
3 - INGLATERRA: Em 2006, o Parlamento aprovou lei que proíbe fumo em todos os espaços públicos fechados, inclusive em escritórios, bares e discotecas. Hoje, cerca de um em quatro britânicos fumam.
4 – IRLANDA: Foi o primeiro país a proibir o fumo em locais públicos fechados. Qualquer pessoa que for pega fumando em lugares proibidos paga multa de 3 mil euros.
5 – NORUEGA: Foi o segundo país a proibir o fumo em locais fechados, em junho de 2004.
6 – CHINA: O maior consumidor de tabaco do mundo ratificou o tratado da OMS contra o tabagismo em 2005. Isso significa a proibição da venda de tabaco para menores e a proibição de anúncios, promoções ou patrocínio ligado ao fumo. Também proibiu a construção de novas fábricas de cigarro no país.
7 – CUBA: Em 2005, proibiu o fumo em lugares públicos fechados, como restaurantes, ônibus e táxis. Cuba é um dos maiores produtores de charuto do mundo e o governo estima que metade da população adulta é fumante.
8 – BUTÃO: Não há outro país com leis antitabaco tão rígidas. É proibido vender qualquer produto do tabaco e fumar em locais públicos. Os cidadãos do país podem trazer o cigarro do exterior, mas estarão sujeitos a um imposto de, pelo menos, 100%.
9 – ITÁLIA: O fumo é proibido em lugares públicos. Em 2005, o país lançou a campanha "Fumar não é sexy". Em 2006, fábricas italianas passaram a cortar o salário de funcionários fumantes para compensar o tempo gasto com o vício. 10 – ESPANHA: O Congresso espanhol proibiu o fumo em algumas praias do litoral em 2006. Os infratores são sujeitos à multa de 500 euros. No país, já é proibido fumar nos restaurantes e bares (exceto se houver área para fumantes) e em locais de trabalho.

CIÊNCIA & SAÚDE
Doenças relacionadas ao cigarro matam 200 mil brasileiros por ano.
Fonte:
Rede Psi
Data: 04/03/07

Cerca de 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de doenças relacionadas ao cigarro. No mundo, esse número sobe para quase cinco milhões no decorrer de um ano. Para tentar diminuir o número de fumantes e de mortes no Brasil e alertar sobre os males causados pelo fumo que o Inca (Instituto Nacional de Combate ao Câncer) e outras entidades comemoram em 29 de agosto o Dia Nacional de Combate ao Fumo.


A Lei Federal nº 7.488 de 11 de junho de 1986 estabelece que, durante a semana que antecede a data, seja lançada uma campanha de âmbito nacional, visando alertar a população, em particular os adolescentes e adultos jovens alvos
preferidos da indústria do tabaco.

Anualmente são homenageados pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, os Estados, municípios, ambientes de trabalho, unidades de saúde e escolas que mais se destacaram no desenvolvimento de ações de controle do tabagismo no Brasil. A premiação é realizada como reconhecimento às ações do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco.

Doenças:
Os problemas causados pelo cigarro estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, principalmente dos jovens e mulheres, que antes não fumavam tanto. O consumo de cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé, leva ao organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina, monóxido de carbono (o mesmo gás que sai do escapamento de veículos), alcatrão, agrotóxicos e substâncias radioativas, que propiciam o desenvolvimento de câncer. Aliado a outros hábitos, o cigarro tem favorecido o desenvolvimento de alguns tipos de tumores, ente eles o de pulmão, muito agressivo e com altas taxas de mortalidade. Além disso, esses os componentes da fumaça do cigarro causam dependência, o que potencializa ainda mais os efeitos negativos no corpo causando câncer de pulmão, bexiga, boca, laringe e pâncreas, hipertensão arterial, infarto, derrames cerebrais, bronquite crônica, enfisema e úlcera gástrica, entre outros.

Os fumantes adoecem com uma freqüência duas vezes maior que os nãofumantes, têm menor resistência física, menos fôlego, pior desempenho nos esportes e na vida sexual, envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo", afirma Edra Domingues P. de Oliveira, médica da Oncocamp, em Campinas (SP). Prevenção é a palavra chave para manter a saúde e possuir hábitos saudáveis.

Tabagismo no Brasil:
O percentual de fumantes no Brasil é considerado alto quando comparado com outros países, principalmente da América Latina, segundo o Inca. Dados apontam que um terço da população adulta fuma, sendo 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. Cerca de 90% dos fumantes ficam dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos de idade. Atualmente, existem no país 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária. A maioria dos fumantes tem entre 20 e 49 anos de idade. Os homens fumam em maior proporção que as mulheres em todas as faixas etárias. Porém, a mulher vem aumentando sua participação no número de fumantes, sobretudo na faixa etária mais jovem.

O uso inicial de tabaco é bastante precoce na vida dos estudantes da rede pública de ensino, sendo que, entre os 10 e
12 anos de idade, cerca de 11,6% já fizeram pelo menos uso experimental do cigarro, de acordo com o estudo realizado pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas). Fuma-se mais na região Sul (42% dos habitantes da região), sendo Porto Alegre a detentora dos maiores índices conhecidos de câncer de pulmão no país. Embora se fume menos na região Nordeste (31% da população), este percentual é ainda considerado muito alto.

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