Comunicação Interna - Vacinação Nacional HPV

COMUNICAÇÃO INTERNA CIRCULAR


Nº: 18/2014

DATA: 28/01/14

DE: Diretoria de Educação Básica e Profissional – DIEB/GEREJ

PARA: GEREDs e IEE

ASSUNTO: Vacinação Nacional HPV


Senhor(a) Gerente,
Senhor Coordenador Geral/IEE;
Senhor(a) Coordenador(a) do NEPRE,


No Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação está sendo ampliado com a inclusão da vacina contra o papilomavírus (HPV), principal causador do câncer de colo de útero. A vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS, para atender às adolescentes do sexo feminino, de acordo com o cronograma e idade determinada pelo Ministério da Saúde: 1ª Dose: em março de 2014, prioritariamente para as meninas da faixa etária de 11, 12 e 13 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Para as meninas da população indígena, no ano de 2014, na faixa etária de 9 a 13 anos.
O procedimento da 1ª Dose será, prioritariamente, nas escolas. Também estará disponível nas unidades de saúde. Mas, para garantir ampla cobertura, com apoio da educação, a 1ª Dose será nas unidades escolares. A partir da 2ª Dose, será nas unidades de saúde, em setembro de 2014, conforme documento que segue anexo, intitulado Recado aos Pais (Agendamento da 2ª Dose da vacinação contra o HPV), que receberão no dia da vacinação da 1ª Dose.
Neste processo, compete à escola o apoio: trabalhar a temática no âmbito pedagógico e relacionar, de acordo com a definição de idade, as meninas matriculadas a serem vacinadas (planilha anexa). Essa planilha deverá ser entregue para as equipes de vacinação do município, quando do contato dessas com as escolas.
Quanto aos procedimentos da vacinação, competem as unidades de saúde: entrar em contato com as unidades escolares para agendamento e organização do dia; a aplicação; fornecer todas as orientações e se responsabilizar aos possíveis efeitos pertinentes pós-procedimento.
Para esclarecimentos, seguem os documentos:
·      INFORMATIVO SOBRE A VACINA CONTRA O PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) DA ATENÇÃO BÁSICA (encaminhado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica);
·       TERMO DE RECUSA DE VACINAÇÃO CONTRA HPV (encaminhado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica);
·      GUIA PRÁTICO HPV/Perguntas e Respostas Guia Prático HPV (Ministério da Saúde) - Clique no link para Abrir o Documento em pdf
Portanto, a DIEB solicita aos gestores, Coordenadores dos NEPREs e professores da rede pública estadual que seja prestada especial atenção às orientações e ao cumprimento da Campanha, envolvendo todos os funcionários, professores, pais e alunos da rede pública estadual de ensino. Para trabalhar, no âmbito pedagógico, seguem algumas sugestões.


Atenciosamente,


Marilene da Silva Pacheco                                        Elisabete Duarte Borges Paixão
Diretora                                                                      Gerente



ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS SOBRE A CAMPANHA DE VACINAÇAO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) na EDUCAÇÃO BÁSICA


Não se tratando de mais uma tarefa para a escola, estas demandas sociais apresentam-se como assuntos que devem ser aproveitados pelos professores para inserir os temas “saúde e sexualidade”, na prática pedagógica. A inserção destas temáticas nos currículos da Educação Básica estão pautadas na Resolução nº 7, que fixa as diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos, no artigo 16, estabelece temáticas transversais obrigatórias a trabalhar no EF, dentre elas está o tema SAÚDE. Também a Proposta Curricular do estado de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio (Temas Multidisciplinares, 1998) traz uma abordagem sobre a temática da Sexualidade, oferecendo aos educadores da rede pública estadual um referencial para que desenvolvam ações educativas sistemáticas sobre esta temática.
A escolha da faixa etária do público-alvo justifica-se pelo maior potencial de produção de anticorpos contra o vírus por organismos ainda jovens. Outro motivo é atingir quem ainda não iniciou a vida sexual e fazer da campanha o primeiro passo de conscientização, orientação e proteção a futuras mulheres e consequentemente também homens.

Com o objetivo de contribuir para a abordagem da temática na prática pedagógica, seguem algumas orientações e sugestões de ações:


·       No início das aulas em fevereiro: fundamentalmente, sensibilização e comprometimento no âmbito da escola envolvendo todos os professores, profissionais da educação informando e esclarecendo sobre esta vacinação.

·       Neste debate apresentar os documentos INFORME SOBRE A VACINA CONTRA O PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) NA ATENÇAO BASICA (encaminhado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica); TERMO DE RECUSA DE VACINAÇÃO CONTRA HPV (encaminhado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica); GUIA PRÁTICO HPV/Perguntas e Respostas (Ministério da Saúde).

·       Organizar a prática pedagógica com metodologias adequadas para abordar a vacina contra o papilomavírus humano (hpv), nas diferentes áreas de conhecimentos, por meio de informações, pesquisas e conhecimentos com ênfase para doenças sexualmente transmissíveis, comportamentos de risco, a complexidade da gravidez na adolescência, métodos contraceptivos. Também, ALERTAR que a vacina é somente para a imunização do vírus HPV, não imune outros vírus sexualmente transmissíveis, a exemplo do HIV/AIDS. Estas temáticas não devem ser trabalhadas, não só em caráter informativo, mas como intervenção no interior da escola com o desenvolvimento de uma ação crítica reflexiva e educativa, com orientações de prevenção e, sobretudo promoção de valores no público feminino pré-adolescente. Para esta ação importante criar um ambiente de diálogo, de afetividade e de confiança para que os adolescentes, sobretudo, as adolescentes expressem seus sentimentos; promover debates e orientar os adolescentes a perceberam ocorrências que os envolvam em situações de risco e esteja formados para tomar atitudes saudáveis.

  • Conscientizar e sensibilizar as famílias pais e responsáveis para firmar parcerias no acompanhamento e na orientação sobre comportamento sexual de crianças e adolescentes. Apresentar aos mesmos os materiais sobre a vacinação enfatizando a importância da vacina neste público alvo e da abordagem que se fará pedagogicamente. Nesse sentido, orientar os pais sobre a importância do papel da família na educação dos filhos, com a transmissão de valores humanos para o cuidado da vida. Informa-lhes sobre o TERMO DE RECUSA DE VACINAÇÃO CONTRA HPV (encaminhado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica). Nesta ação trabalhar em articulação com os profissionais da área da saúde.



Para saber mais sobre a temática Sexualidade e Saúde, seguem sugestões de referências bibliográficas:

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA/PSE. Ministério da Educação/MEC. www.mec.gov.br


BOECHAT FILHO, Carlos; CASTRO Heloisa. Sexo sem segredos. Rio de Janeiro: Bloch, 1996.


ESTADO DE SANTA CATARINA. Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio (Temas Multidisciplinares, 1998)

BRITZMANN, Deborah. Curiosidade, sexualidade e currículo. In: O corpo educado – pedagogias da sexualidade. LOURO, Guacira Lopes (Org). Belo Horizonte: Autêntica, p.85-111, 2000.

CANDIA, Caterina Marassi; BOTELLA, Marcedes Palop; LOPEZOSA, Pilar Millagón e MORFA, José R. Díaz. Minha primeira coleção de iniciação sexual e afetiva. São Paulo: Impala Brasil Editores, 1996.

CIÊNCIA HOJE NA ESCOLA. Sexualidade: corpo, desejo e cultura. São Paulo: Global: SBPC, 2001.

EPSTEIN, Debbie; JOHNSON, Richard. Sexualidades e instituición escolar. Madrid/Espanha: Ediociones Morata, 2000.

FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual: retomando uma proposta, um desafio. 2. ed. Londrina: UEL, 2001.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. 11. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1993.

FURLANI, Jimena. Educação Sexual: possibilidades didáticas. In: LOURO, G.L., NECKEL, J.F. & GOELLNER, S.V. (Orgs). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003b.

___. Gêneros e sexualidades: políticas identitárias na educação sexual. In: GROSSI, Miriam Pillar; BECKER, Simone; LOSSO, Juliana C. M.; PORTO, Rozeli M. e MULLER, Rita de C. F. (orgs.). Movimentos sociais, educação e sexualidade. Rio de Janeiro: Garamond, 2005. Coleção Sexualidade, Gênero e Sociedade.

___. Mitos e tabus da sexualidade humana: subsídios ao trabalho em educação sexual. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

___. O bicho vai pegar! Um olhar pós-estruturalista à educação sexual a partir de livros paradidáticos infantis. 2005. [Tese de Doutorado] Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Educação. Porto Alegre: PPG Edu/UFRGS. 2005.

___. Subsídios à educação sexual a partir de estudo na internet. In: MEYER, Dagmar; SOARES, Rosangela (Orgs.). Corpo, gênero e sexualidade. Porto Alegre: Mediação, 2004.

___. Educação sexual na escola: equidade de gênero, livre orientação sexual e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças. Florianópolis: UDESC, 2008

GHERPELLI, Maria Helena Brandão Vilela. Diferente, mas não desigual: a sexualidade no deficiente mental. São Paulo: Gente, 1995.

ANEXOS: LINK DE ANEXOS EM PDF SOBRE HPV - Clique Aqui!


Florianópolis, 13 de fevereiro de 2014

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