29 DE AGOSTO

Tabagismo mata 200 mil ao ano no Brasil; total de fumantes cai:

90% das mortes provocadas por câncer de pulmão estão relacionadas ao fumo, segundo dados do Inca. Cerca de 200 mil pessoas morrem a cada ano no Brasil por conta do fumo, e 18,8% dos brasileiros com mais de 15 anos são fumantes. Esses são alguns dos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) nesta quarta-feira, 29, Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Veja também:
Câncer de pulmão no Estado de São Paulo

Segundo os números do Inca, a proporção atual de fumantes na população brasileira representa uma queda de 40% em relação à existente em 1989.

Há mais homens fumantes que mulheres, e o fumo é mais comum entre pessoas de menor instrução, com menos de oito anos de estudo formal.

Em escala mundial, estima-se que 1,2 milhão de pessoas sejam fumantes. De acordo com o Inca, 90% das mortes provocadas por câncer de pulmão estão relacionadas ao fumo, bem como 85% das mortes provocadas por bronquite e enfisema.

ÁLCOOL E ADOLESCÊNCIA



Estudo revela que 16% dos adolescentes bebem demais:


Uma pesquisa inédita da Secretaria Nacional Antidrogas mostra que 16% dos adolescentes entre 14 e 17 anos já consumiram bebidas alcoólicas em excesso - ou seja, cinco doses ou mais ao longo de um dia. O trabalho, o mais completo sobre o consumo de álcool realizado no País, revela que 21% da população masculina nessa faixa etária bebeu de forma abusiva no ano anterior. Entre meninas a proporção foi menor, mas não menos preocupante: 11%.
Realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira traz um retrato de como o brasileiro se comporta com relação à bebida. Feito entre 2005 e 2006, usou como base entrevistas em mais de uma centenas de municípios em todas as regiões do País. É o primeiro trabalho dessa dimensão. Até então, os dados oficiais eram baseados somente em projeções.
Os dados comprovam ainda algo que especialistas alertam há tempos. A idade com que adolescentes iniciam o consumo de bebida está caindo e a freqüência, aumentando. O estudo mostra que entrevistados entre 14 e 17 anos iniciaram o consumo de bebida alcoólica aos 13,9 anos. Não foi necessário ir muito longe nas gerações para encontrar uma média de início de consumo mais elevada. Entre adultos jovens, com idade entre 18 e 24, o início foi aos 15,3 anos.
O estudo mostra também que quase metade da população brasileira (48%) não bebe. Mas a legião de abstêmios não reduz a dimensão do problema: 28% dos adultos, o equivalente a 33 milhões de pessoas, apresentam um padrão de consumo excessivo. "É um número muito expressivo. E indica quantas pessoas se expuseram a situações de risco ou enfrentaram problemas provocados pelo consumo de álcool em excesso", constata a secretária-adjunta da Senad, Paulina Duarte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ALCOOLISMO NO BRASIL

Eles exageram na dose:
Um a cada quatro homens abusa no consumo de álcool, aponta pesquisa.
Campanha do governo mostra a jovens que bebida não é só diversão.
Levantamento do Ministério da Saúde, feito no ano passado, indica que um em cada quatro brasileiros do sexo masculino consome álcool abusivamente, ou seja, mais de cinco doses de uma vez. Na média das capitais, o consumo abusivo é de 17,4%. Entre as mulheres, o percentual é de 8%. Um novo alerta para quem exagera na dose é dado em campanhas do governo federal, veiculada desde sábado nas TVs e rádios do País, com em três pontos: “O que a propaganda não mostra”, “Adolescentes – bebida não é brincadeira” e “Trânsito – bebida não é só diversão”. A campanha faz parte da Política Nacional sobre Bebidas Alcoólicas, lançada em maio desse ano. O ministro da Saúde, José Temporão, diz que a meta é diminuir o número de acidentes de trânsito, no trabalho e a violência sexual e doméstica. “A política está vinculada à redução de danos. Não tem viés de proibição. A bebida é socialmente aceitável e pode até ser motivo de prazer."O ministro acrescenta que o governo não abrirá mão de regular o conteúdo e o horário de exibição de propagandas de bebida alcoólica. Para o ministro, está claro que o Conselho de Auto-regulamentação Publicitária (Conar) é insuficiente para banir o incentivo ao consumo excessivo. “Não me parece razoável a auto-regulamentação. O Pan foi patrocinado por uma cerveja, e o que eu vi foram comerciais que tratam a mulher como objeto e mostram preconceito contra o obeso”, afirmou.O ministro diz ter sido procurado pelo Conar e por representantes das cervejarias. Mas adiantou que “o papel de regulação do Estado é intransferível”. Atualmente, apenas as bebidas com teor alcoólico acima de 13º são classificadas como tal e têm a propaganda regulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para o governo, propaganda eleva consumo:
Para o ministro da Saúde, José Temporão, a propaganda tem responsabilidade no consumo cada vez mais precoce de bebidas alcoólicas. A proposta do governo é passar a considerar alcoólicas bebidas com teor a partir de 0,5º. Assim, passam a fazer parte da lista cerveja, “ices”, “coolers” e a maioria dos vinhos e espumantes. A modificação da legislação, que deve ser feita por projeto de lei ou medida provisória, deve ser anunciada no dia 20, junto com a proibição de venda de bebida nas estradas federais.Com essa mudança, a Anvisa poderá regulamentar a propaganda de cerveja. O Ministério da Saúde defende que só possam ser exibidas à noite, das 20 às 8 horas e que sejam obrigadas a conter imagens de advertência, como foi feito com o cigarro.O psiquiatra Gustavo Matos alerta que muitos dos alcoólatras começaram a beber ainda jovens e que o álcool muitas vezes serve de “porta de entrada” para outras drogas.

Após acidente, jovem muda comportamento:
A mistura de sono, falta de alimentação e bebida alcoólica resultou em acidente, perda total do carro e ferimentos leves para um jovem de 20 anos de Joinville. Por sorte, ele teve só um corte no supercílio e outro na cabeça. Após o término de um show, realizado em um centro de eventos da zona Norte da cidade, na madrugada de 16 de março deste ano, o garoto combinou de se encontrar com os amigos em uma lanchonete do centro. Mas não chegou ao destino. No meio do caminho, na rua Blumenau, dormiu ao volante e acordou após o choque em um ponto de ônibus. Estava consciente, mas sangrando bastante. “Tenho consciência de que fui irresponsável neste dia. Estava com sono, não havia me alimentado direito e ainda havia bebido oito latinhas durante o show. Graças a Deus eu estava sozinho no carro e não havia ninguém no ponto. Só eu me machuquei”, diz ele, que nunca havia passado dos limites antes daquela adrugada. Depois de ficar em observação no hospital, foi até a casa da tia, onde encontrou os pais, que moram em uma cidade do Planalto Norte do Estado e se deslocaram para Joinville quando souberam da gravidade do acidente. Quando viu os pais, começou a chorar. Pediu desculpas, pois sabia que os havia desapontado. “Meu pai me cobrou mais responsabilidade. Disse que eu precisava pensar no que estava fazendo e começar a dar valor ao que eles me proporcionam: moro sozinho aqui em Joinville, tenho um carro e faço uma faculdade que não é barata”, conta ele, que não teve coragem de ver o carro após a batida.O acidente fez o jovem aprender a lição. “Hoje reduzi consideravelmente a ingestão de álcool. Aprendi que água mata a sede. Bem mais que a cerveja”, diz.

Hoje:
Apenas as bebidas com teor alcoólico acima de 13º Gay-Lussac são classificadas como tal e têm propaganda regulada pela Anvisa.

Como vai ficar:
Diminuir esse valor para 0,5º Gay-Lussac para incluir cerveja, "ices", "coolers" e a maioria dos vinhos e espumantes na classificação de bebida alcoólica.
Por quê? Com a mudança, a Anvisa poderá regulamentar a propaganda de cerveja, que corresponde a 95% dos comerciais e anúncios em TV, rádios e jornais.

Consumo:
2001 - 11,2% das pessoas entre 12 e 65 anos eram dependentes.
2005 - Índice aumentou para 12,3%.
Em FlorianópolisEntrevistados 1.316 estudantes de dez a 18 anos, de todos as classes sociais.
64,9% - consumiram álcool pelo menos uma vez
41,2% - uso freqüente
10,3% - "uso pesado"
O tamanho do perigo
Acima de 13º era o teor considerado alcoólico

Bebidas e a quantidade de álcool:
Absinto Père Kermann´s 53,5ºGim Gordon's 43ºVodca Absolut 40ºBrandy Fundador 40ºWhisky Red Label 40ºLicor Cointreau 40ºAguardente Ypioca 39ºTequila Jose Cuervo 38ºAguardente Sagatiba 38ºLicor Amaretto Dell'Orso 28ºVinho do Porto Tawny 19ºSaquê Azuma Kirin Dourado 15,5ºLicor Stock 15ºVinho Tinto Terrazas 13,5ºVinho Branco Santa Helena 13,5º

Passam a ser alcoólicas:
Moët & Chandon 12ºProsecco Valdorella 11ºKeep Cooler Classic 5,2ºSmirnoff Ice 5ºCerveja Boehmia 5,07ºCerveja Antarctica 4,9ºCerveja Brahma 4,8ºCerveja Skol 4,7º
EfeitosA ingestão de álcool diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos ou operar outras máquinas.
O Código de Trânsito Brasileiro regulamenta a punição ao motorista que apresentar mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue: 600 ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chopp), 200 ml de vinho tinto (duas taças) ou 80 ml de destilados (duas doses).

O que é a Política Nacional sobre Bebidas Alcoólicas?
Ações incluem:
- Fortalecer a fiscalização das medidas previstas em lei que proíbem dirigir alcoolizado.
- Fiscalizar a venda para menores de 18 anos e incentivar outras iniciativas visando reduzir o consumo nas faixas mais jovens.
- Ampliar e fortalecer as redes locais de atenção integral às pessoas que apresentam problemas decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, como os centros de atenção psicossocial álcool e drogas (CAPsAD), que atendem pelo SUS.
- Estimular e fomentar ações que restrinjam os pontos de venda e consumo de bebidas alcoólicas.
- Incentivar a regulamentação, o monitoramento e a fiscalização da propaganda e publicidade de bebidas alcoólicas.
- Fomentar o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa científicas relacionadas aos danos sociais e à saúde decorrentes do consumo de álcool.
Fontes: 2º Levantamento sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil de 2005 (Cebrid/Unifesp), Levantamento sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio (Cebrid/Senad) e Política Nacional sobre Bebidas Alcoólicas.
Problema vira caso de saúde pública no País:
Mais da metade das 35 mil mortes por acidentes de trânsito registradas no Brasil em 2005 tiveram causas ligadas ao abuso de bebida e à embriaguez. Os dados do Ministério da Saúde comprovam que o uso prejudicial do álcool é um problema de saúde pública no País. O governo gasta com internação de cada vítima de acidente em média até R$ 56 mil. Estudo do Instituto Econômico de Pesquisa Aplicadas (Ipea) estima que os custos diretos e indiretos com os acidentes consomem até R$ 20 milhões por ano. Pesquisa da Abdetran (1997), que congrega os Detrans do País, revelou que 61% dos acidentados tinham ingerido álcool.“Os problemas são o uso freqüente e o consumo excessivo (grandes quantidades no mesmo dia) e a associação aos riscos (acidentes, violência e sexo desprotegido)", diz o coordenador da Área Técnica de Saúde Mental e Álcool do Ministério da Saúde, Pedro Delgado.

ÁLCOOL E CÂNCER


Jovens bebem cerveja durante show em Paris. Consumir vinho ou cerveja todos os dias, inclusive em pequenas quantidades, aumenta os riscos do câncer intestinal, segundo estudo publicado nesta terça-feira, na Grã-Bretanha. Foto:Miguel Medina/AFP


Consumo cotidiano de álcool aumenta riscos de câncer intestinal:

Consumir vinho ou cerveja todos os dias, inclusive em pequenas quantidades, aumenta os riscos do câncer intestinal, segundo estudo publicado nesta terça-feira, na Grã-Bretanha.
Beber dois copos de vinho ou duas cervejas aumenta os riscos de desenvolver essa doença em 25%, segundo o trabalho publicado no International Journal of Cancer. Um copo de vinho ou uma cerveja aumenta em 10%.
O estudo foi realizado com 478.000 pessoas em dez países europeus durante seis anos, das quais 1.800 desenvolveram um câncer intestinal.
"O aumento do risco não é muito importante, mas é necessário que as pessoas compreendam que podem reduzir a possibilidade de ter um certo número de cânceres, principalmente intestinal, limitando seu consumo de álcool", concluiu o professor Tim Key comentando seu artigo em matéria do Daily Telegraph.

DOCUMENTOS SECRETOS

DOCUMENTOS DA INDÚSTRIA DO TABACO: O QUE ELES DIZEM SOBRE A INDÚSTRIA NO BRASIL?
Este trabalho foi encomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde como parte de um projeto de múltiplas fases para analisar a indústria do tabaco e o controle do tabaco no Brasil. Este relatório preliminar representa a Fase I do projeto.Resumo Executivo• Este relatório expande os resultados de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde e apresenta resultados preliminares de um projeto de múltiplas fases para mapear os papéis da indústria do tabaco e do movimento de controle do uso do tabaco no Brasil.• Esta fase inicial foi desenvolvida para documentar as estratégias e operações da indústria do tabaco no Brasil na medida em que as mesmas podem ser determinadas através de uma revisão dos documentos internos da indústria do tabaco disponobilizados ao público após a resolução de casos jurídicos em 46 estados e territórios dos Estados Unidos com as empresas de tabaco sediadas nos EUA.• O Brasil é um importante mercado para a indústria de tabaco: sua grande população jovem é atraente para companhias de cigarro em busca de expansão; além disso, o cultivo, manufatura e exportação de tabaco e cigarros é uma atividade econômica importante.• Apesar do papel do tabaco na economia brasileira, o Brasil apresenta liderança mundial na implementação de medidas regulamentando a indústria do tabaco. A prevalência geral de adultos fumantes parece estar em declínio, mas o número de jovens fumantes permanece alto em certas áreas do país.• As principais empresas de cigarros que operam no Brasil são a Souza Cruz, subsidiária da British American Tobacco, com uma fatia de aproximadamente 75% do mercado; e a Philip Morris do Brasil, parte da Philip Morris International, com aproximadamente 15% do mercado.• Os resultados preliminares mostraram que há alguns temas com os quais as empresas de tabaco se preocupam mais: regulamentação, litígios e aceitabilidade do fumo pelo público. As empresas de tabaco trabalham para antecipar e responder às medidas de controle do tabaco utilizando argumentos similares aos utilizados pelas empresas de tabaco em todo o mundo: o cigarro é ummproduto lícito, os adultos têm livre arbítrio e fumantes e não fumantes podem compartilhar o mesmo ambiente.• Tudo indica que a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (conhecida pela sigla Anvisa) gerou um alto nível de atividade, na medida em que as empresas tentaram desenvolver melhores estratégias para operar num ambiente cada vez mais regulado.• Por décadas as empresas de tabaco vêm negando o risco para a saúde da exposição à fumaça do tabaco, financiando cientistas e consultores para questionar a evidência científica esmagadora de que o fumo passivo é tóxico.• Além de consultores e cientistas, as empresas de tabaco se engajaram numa campanha para promover a “cortesia” e a “harmonia”, em parceria com associações de hospitalidade. A intenção era convencer o público e as autoridades de que não há necessidade de fortalecer a legislação que promove o ar limpo em ambientes fechados, que essas medidas voluntárias de acomodação - que não trazem nenhum benefício para a saúde pública - seriam suficientes.• Há indícios de que as respostas aos litígios por responsabilidade civil dos fabricantes de cigarros no Brasil são manejadas pelas empresas a nível local e por suas sedes. Grandes nomes da comunidade jurídica foram muitas vezes contratados pelas empresas para preparar sua defesa. Existem alguns indícios de que em alguns casos a Souza Cruz e a Philip Morris desenvolveram estratégias conjuntas para assegurar que os litígios no Brasil não fossem resolvidos a favor dos queixosos. A ação de classe movida pela Adesf em nome dos fumantes parece ter sido uma preocupação especial para as empresas.• A indústria cortejou a mídia através da promoção de eventos e seminários especiais para educar jornalistas sobre o outro lado da “controvérsia” (quando não existe nenhuma controvérsia sobre os efeitos prejudiciais do tabaco).• A representante brasileira da International Tobacco Growers Association, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), parece ser um parceiro importante nos esforços políticos e legislativos das empresas de tabaco. Essa parceria parece ter sido particularmente importante durante o debate para ratificação da Convenção Quadro sobre o Controle do Tabaco da OMS.• As empresas de tabaco, parcialmente em resposta a um ambiente cada vez mais regulamentado, passaram a realizar atividades de “responsabilidade social empresarial” a fim de promover uma percepção positiva da indústria pelo público e evitar medidas regulamentares adicionais.Recomendações• Realizar, e disseminar, as outras fases desse projeto, atualizando as buscas nos arquivos de documentos da indústria e triangulando essas informações com dados obtidos em outros arquivos (tanto da mídia como de outras fontes disponíveis), bem com com entrevistas com atores importantes no controle do tabagismo. O produto final então dará uma visão mais abrangente dos papéis desempenhados pelos vários atores que estão envolvidos com o controle do tabaco no Brasil e sugerir opções para futuras atividades.• A política de controle do tabaco precisa continuar se baseando em evidências científicas e enfocar especialmente os temas vistos pelas empresas como as maiores ameaças ao lucro: regulamentação, restrições de marketing e ambientes livres de fumo.• Dentro de um contexto abrangente de controle do tabaco e implementação da CQCT da OMS, a Anvisa precisa continuar e fortalecer os esforços de regulamentação do tabaco, traduzindo os benefícios de suas ações em termos de uma melhor saúde da população.• Ao explorar a opção de litígio, advogados brasileiros precisam estar cientes e informados sobre os documentos internos das empresas de tabaco em domínio público, assim como das opiniões de outras cortes, a fim de contestar com maior eficácia os argumentos da indústria de negar responsabilidade. Os argumentos e o julgamento da Adesf, assim como a reação da indústria ao caso, poderiam ser divulgados mais amplamente.• É essencial que durante o debate para promover ambientes livres da fumaça do tabaco o público, os ativistas e as autoridades estejam informados sobre as campanhas nas quais as empresas de tabaco vêm se engajando há décadas para frustrar os esforços de implementação de políticas de ar limpo em ambientes fechados. A evidência científica é ineqüivoca ao afirmar que a exposição à fumaça do tabaco representa um sério risco para a saúde.• Ademais, as autoridades, o público e os ativistas precisam estar preparados para contestar as alegações das empresas de tabaco - e seus grupos de fachada na indústria da hospitalidade - de que acomodar fumantes e não fumantes no mesmo ambiente é uma alternativa segura. Não é possível remover as toxinas da fumaça do tabaco usando as tecnologias de ventilação atuais. Além disso, é importante estar ciente que a experiência mostrou que ambientes livres de fumo são viáveis e plausíveis para os negócios.• Por último, mas não menos importante, as agências governamentais e não-governamentais, assim como o mundo acadêmico, não devem apoiar ou participar de programas patrocinados pela indústria de tabaco desenvolvidos sob o pretexto de responsabilidade social empressarial. Esses programas educacionais e filantrópicos foram criados com a intenção de evitar maior regulamentação nos negócios da indústria do tabaco.Acesse o documento completo http://www.paho.org/English/AD/SDE/RA/Tobind-bra.htm

FUMANTES PASSIVOS

Filhos de fumantes viram "poço" de nicotina:
Derivado da substância é 5,5 vezes mais abundante em urina de bebês de tabagistas. Segundo pesquisadores, problema pode ser causa de morte súbita de crianças.As crianças cujos pais são fumantes têm em sua urina níveis 5,5 vezes mais altos de cotinina, um subproduto da nicotina. O efeito acontece mesmo que só um dos pais da criança seja fumante, indica um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido.A cotinina é uma das substâncias produzidas pelo organismo quando ele absorve nicotina e a "quebra" em pedaços para poder eliminá-la. Segundo a pesquisa, a principal contribuição para que as crianças tenham um nível elevado dela em sua urina são as mães fumantes, embora o impacto de um pai fumante também seja significativo.As medidas foram feitas a partir da urina de 100 bebês de três meses de idade. Desse grupo, 71 bebês tinham pelo menos um pai ou mãe fumante. A tendência é que as crianças com excesso de cotinina em sua urina venham de lares mais pobres, com menos acesso a ventilação, levando os pais a fumarem no mesmo ambiente onde estão as crianças. O fato de os bebês dormirem na mesma cama que seus pais também influencia o problema.Calcula-se que, só nos EUA, mais de 6.000 crianças pequenas morram anualmente por causa por serem fumantes passivas. Os pesquisadores avaliam que uma das causas da chamada morte súbita de bebês é o fato de eles dormirem com pais fumantes, expostas a partículas derivadas do cigarro.O estudo está na revista médica "Archives of Disease in Childhood".
Fonte : Do G1, em São Paulo (Portal de Notícias da Globo)

UM BILHÃO DE MORTES NESTE SÉCULO

Fumo pode matar 1 bilhão neste século, diz OMS:
Um bilhão de pessoas vão morrer vítimas de doenças relacionadas ao fumo neste século caso países ricos e pobres não se mobilizem contra o tabagismo, disseram na segunda-feira diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS).“O tabaco é um produto defeituoso. Mata metade dos seus consumidores”, disse Douglas Bettcher, diretor da Iniciativa Sem Tabaco, da OMS, no início de uma conferência internacional em Bangcoc que pretende traçar um plano mundial contra o cigarro.“Ele mata 5,4 milhões de pessoas por ano, e metade dessas mortes acontece em países em desenvolvimento. É como um (avião) Jumbo caindo a cada hora”, afirmou.O tabagismo está crescendo em muitos países em desenvolvimento, especialmente entre adolescentes, e por isso o número anual de mortos deve subir para 8,3 milhões nos próximos 20 anos, segundo Bettcher.Por outro lado, se os governos introduzirem medidas como aumento de impostos, proibição de propaganda e proibição do fumo em lugares públicos, a taxa de mortalidade relacionada ao tabagismo pode cair pela metade até 2050, disse ele.“É uma epidemia completamente evitável”, disse Bettcher, citando países como Cingapura, Austrália e Tailândia, cujas duras leis antifumo ajudaram as pessoas a largar o hábito. “Se fizermos isso, até 2050 podemos salvar 200 milhões de vidas”.Autoridades de 147 países participam da conferência, que pretende em uma semana definir leis contra a publicidade internacional do fumo – na Fórmula 1, por exemplo – e contra o contrabando de cigarros.Segundo a Aliança da Convenção-Quadro, que reúne centenas de organizações antifumo, cerca de 600 bilhões de cigarros (11 por cento do consumo mundial) foram contrabandeados em 2006.Além de manter os preços baixos e estimular a demanda, o contrabando também priva os governos de mais de 40 bilhões de dólares por ano em arrecadação tributária, segundo a entidade.Na Tailândia, a incidência do tabagismo caiu de 30 por cento da população, em 1992, para 18 por cento, o que as autoridades atribuem à proibição total da publicidade de cigarros nos últimos 15 anos.“Os remédios mais importantes no controle do tabaco são: Número 1 – aumento das taxas; Número 2 – proibição de anúncios; e número 3 – lugares públicos livres do tabaco”, disse Hatai Chitanondh, do Instituto de Promoção da Saúde da Tailândia.Além de definir leis internacionais contra a publicidade internacional e o contrabando, a conferência deve também adotar diretrizes para que os países adotem leis sobre o fumo passivo e as áreas livres de cigarro.Embora essas diretrizes não sejam de cumprimento obrigatório, elas deixaram os ativistas entusiasmados.“Não há nível seguro de exposição à fumaça do tabaco, e noções como um valor-limite da toxicidade do fumo passivo devem ser rejeitadas por serem contraditas por evidências científicas”, diz um esboço do documento.“Abordagens que não seja a de ambientes cem por cento livres de fumaça, o que inclui ventilação, filtragem do ar e uso de áreas designadas para o fumo, se mostram repetidamente ineficazes”.
Fonte : O Globo On Line

DROGAS MATAM 200 MIL POR ANO

Vício mata 200 mil por ano no mundo:

Apesar da tendência de queda no consumo mundial de drogas, o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda traz números preocupantes. Existem 25 milhões de dependentes químicos no mundo; 200 milhões de pessoas afirmam ter experimentado algum tipo de droga ao menos uma vez nos últimos 12 meses. Por ano, 200 mil morrem em decorrência do vício, embora seja um número bem inferior aos 5 milhões de mortes provocadas pelo consumo de tabaco.

A maconha é a droga mais popular, com 158 milhões de consumidores. O ecstasy, com 8,3 milhões, é considerada a mais perigosa. Os maiores mercados continuam sendo Europa e Estados Unidos, apesar do crescimento expressivo do consumo na China.

Por outro lado, a área plantada de ópio e coca no mundo caiu de 474 mil hectares, em 1990, para 357 mil hectares, em 2005 - uma queda de 25%. Em apenas seis anos, a queda na produção de coca foi de 29%. Além disso, metade de toda a cocaína e mais de 25% da heroína produzidas globalmente estão sendo apreendidas em ações policiais em diversos países.

Questão de saúde pública, diz especialista da ONU:

Para o diretor-executivo do Escritório da ONU contra Drogas e Crime (UNODC), Antonio Maria Costa, é preciso mudar a forma que o mundo lida com o tráfico de drogas.

- Esta é uma responsabilidade compartilhada nacional e internacionalmente, entre países que produzem e consumem, entre países vizinhos e entre todos os setores da sociedade.

Já o representante regional do UNODC para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia, afirma que as drogas têm de ser tratadas como questão de saúde pública.

- É preciso trabalhar mais na prevenção e oferecer serviços a quem busca tratamento contra a dependência. E funciona. A Suécia, por exemplo, gasta 30% a mais em prevenção e tem 30% menos usuários de drogas do que a média européia - disse Quaglia.

USO DE DROGAS AUMENTOU NO BRASIL

Pesquisa:


O Brasil está na contramão do resto do mundo em termos de consumo de drogas. Aqui, o uso aumenta, enquanto que a média mundial cai, conforme relatório divulgado pelo Escritório da ONU contra Drogas e Crime ontem. Pelo estudo, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7% ( 860 mil pessoas), em 2005.

Cresce o uso de drogas no Brasil:
Números estão em relatório feito pelas Nações Unidas, divulgado em 26/06/2007.

O consumo de drogas aumentou no Brasil nos últimos anos, na contramão da tendência mundial de estabilidade. O país também se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana.As conclusões estão no relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crime, divulgado ontem. Segundo o estudo, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7% (correspondente a 860 mil pessoas), em 2005. Naquele ano, havia 14 milhões de consumidores no mundo, 0,3% da população total. Os números crescentes do consumo no Brasil elevaram os índices da América Latina, já que o país tem 40% da população do continente. O percentual da população dessa região que diz ter consumido cocaína ao menos uma vez na vida passou de 2,3% para 2,9%. A ONU também reajustou as estimativas para diversos outros países na América do Sul, de acordo com novos estudos realizados entre alunos do ensino médio. Na maioria dos casos, isso resulta só em ajustes em relação a estimativas anteriores. Ou seja, a maior parte do aumento na América do Sul em 2005 refere-se a mudanças na metodologia para tornar os números mais realistas. A principal diferença foi a introdução da pesquisa domiciliar.Mas foi o consumo de maconha o que mais cresceu no país. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumiam a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005 e foi o maior aumento do continente. Por outro lado, a ONU indica que o número de consumidores de maconha no mundo caiu de 162 milhões, em 2004, para 159 milhões, em 2005. País está nas rotas de distribuição para a EuropaDos demais países da América do Sul, sete tiveram aumento no uso de maconha em 2005 e um apontou queda no consumo. Nos outros nove, os índices são considerados estáveis. A pesquisa indica que o Brasil não produz maconha suficiente para suprir sua própria demanda pela erva, o que explica os grandes volumes trazidos do Paraguai. Um dos fatores que podem ter contribuído para o aumento do uso de cocaína no Brasil, segundo a ONU, é a importância do país nas rotas de tráfico da droga vinda da Colômbia, Bolívia e Peru com destino à Europa. As regiões mais afetadas pelo consumo de cocaína são o Sudeste e o Sul; o Nordeste e o Norte têm o menor uso. O relatório diz que houve aumento no uso de cocaína na Europa, América do Sul, África e Ásia, e diminuição na América do Norte. Na América do Sul, o número aumentou de menos de 2 milhões para 2,25 milhões.

DIA INTERNACIONAL CONTRA O USO DE DROGAS

Dia internacional contra uso de drogas é hoje (26 de junho):

Data foi instituída há 20 anos, e relatório aponta que 5% da população entre 15 e 64 anos faz uso de substâncias ilícitas

O relatório mundial sobre drogas da Organização das Nações Unidas (ONU) a ser lançado hoje diz que cerca de 200 milhões de pessoas usam drogas ilícitas em todo o planeta; mais da metade consome pelo menos uma vez por mês e aproximadamente 25 milhões de pessoas são dependentes químicos. A data marca também os 20 anos desde que a ONU instituiu 26 de junho como dia internacional contra o uso e o tráfico de drogas ilícitas. Os números de 2007 não apresentam variação significativa em relação aos do último relatório, lançado há um ano, quando a quantidade de usuários equivalia a 5% da população entre 15 e 64 anos. A droga mais consumida era a maconha, e a soma de usuários de cocaína, anfetaminas e opiáceos era de 1%. O maior crescimento fora em relação ao ecstasy. Tadeu Lemos, da Coordenadoria de Prevenção ao Uso Abusivo de Drogas, da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que não há perfil para o usuário de drogas em geral, pois as características variam de acordo com a substância utilizada. - Sabemos que o uso vem crescendo entre crianças e adolescentes, que os homens usam mais que as mulheres, mas o uso também cresce entre as mulheres. Genericamente podemos dizer apenas que o perfil do usuário, na maioria, é jovem. Ele salienta a necessidade da informação, sem a qual nem proibição nem liberação funcionam. O psiquiatra Paulo Collaço, especialista em dependência química, explica que as técnicas de entrevista motivacional, que incentivam o dependente a buscar o tratamento, são alguns dos principais avanços na reabilitação, já que habitualmente a pessoa tende a dizer que não tem problema. - Primeiro é preciso que o dependente admita o problema - diz.

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