DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS


Arte e ações para reduzir transmissão vertical do HIV marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids no Brasil

O Ministério da Saúde marca o Dia Mundial de Luta contra a Aids com quatro ações. A primeira delas é a reafirmação do compromisso do governo federal com as pessoas que vivem com o HIV no Brasil. A segunda ação é o lançamento de metas para reduzir a transmissão vertical do HIV, quando o vírus é passado da mãe para o bebê, durante a gestação, o parto ou a amamentação; e eliminar a sífilis congênita. O Ministério também apresentará o “Caderno das Coisas Importantes”, publicação voltada para alunos de escolas públicas de todo o país, e a instalação artística “Contatos”, da artista Bia Lessa, montada na Esplanada dos Ministérios.
Com essas ações, o Ministério reforça o comprometimento com a promoção da qualidade de vida das pessoas que têm o HIV; com a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da aids; e com o fornecimento dos medicamentos anti-retrovirais, usados no tratamento da doença, e dos testes de diagnóstico e monitoramento da aids. Estes são alguns dos pontos que compõem o conceito de prevenção posithiva, cujo campo de ação é focado nas necessidades das pessoas infectadas pelo vírus ou que têm aids.
Neste 1º de dezembro, também será lançado o Protocolo para a Prevenção de Transmissão Vertical de HIV e Sífilis – um conjunto de procedimentos e orientações para tratar e acompanhar a gestante, no diagnóstico e no tratamento adequados para o HIV e a sífilis. Trata-se de uma mobilização para reduzir a transmissão vertical da aids e erradicar a sífilis congênita no país. A meta é eliminar a sífilis congênita em todo o território nacional até 2007 e reduzir a transmissão vertical do HIV a níveis abaixo de 1%.
De 1980 a junho de 2006, foram registrados 13.171 casos de aids por transmissão vertical no Brasil. Hoje, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde, o índice de infecção do HIV em parturientes é de 0,41%. Isso representa, aproximadamente, 12,5 mil crianças expostas ao vírus por ano. Se as medidas corretas não forem tomadas, a criança tem 25% de chance de ser infectada pelo vírus da aids. Caso as medidas sejam adotadas, a chance fica entre 1% e 2%.
Por esses cálculos, se nenhuma medida fosse tomada, o Brasil deveria registrar pouco mais de 3.100 casos de transmissão vertical do HIV por ano. Com as intervenções adequadas, o número deveria ser de 125 casos. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2006, divulgado em 21 de novembro, houve redução de 51,5% nos casos de transmissão vertical do HIV, entre 1996 e 2005. Naquele ano, foram registrados 1.091 casos. No ano passado, 530. Em 2006, de janeiro a junho, foram notificados 109 casos nessa categoria.No caso da sífilis congênita, foram notificados, de 1998 a junho deste ano, 36 mil casos. Atualmente, a taxa de incidência da doença é de 1,6 caso a cada 100 mil gestantes. “O Protocolo faz parte do fortalecimento de parcerias e ajuste do processo para incrementar o diagnóstico precoce e propiciar as intervenções necessárias para a prevenção e melhoria da qualidade na atenção às mulheres e recém-nascidos”, diz a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão.
Jovens – Além dessas ações, será lançado o “Caderno das Coisas Importantes”, voltado para os adolescentes. São 400 mil exemplares que serão encaminhados para a escolas públicas de todo o país, em 2007. A publicação reafirma o compromisso do governo federal com a promoção da saúde e a prevenção das DST e da aids nas escolas públicas.
O material tem linguagem visual arrojada, com informações sobre formas de transmissão e formas de prevenção das DST e da aids, além de informações sobre corpo e sexualidade. A publicação faz parte de um programa conduzido pelo Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). De acordo com dados do Censo Escolar do ano passado, 97,6 mil escolas trabalham o tema DST/Aids. Entre essas escolas, mais de 9 mil disponibilizam preservativos aos alunos.
Contato – A instalação “Contato”, da cenógrafa Bia Lessa, ocupará 24 mil metros quadrados do gramado central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A obra é composta por 12.090 estacas de madeira pintadas de branco com fitas soltas com o nome e a idade de 1.000 pessoas. São pessoas que vivem ou não com o HIV e que compartilham o trabalho de prevenção e enfrentamento da epidemia de aids. Bia Lessa quer chamar atenção para que haja uma transformação na sociedade. "É preciso acabar com o preconceito que afeta as relações afetivas e sociais dos portadores do HIV”, diz a artista.
A obra também traz a inscrição “Eu me escondia para morrer, hoje me mostro para viver”, pintada no gramado. A frase é de autoria da RNP+ (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids). O mesmo texto será projetado com raio laser nas duas torres do Congresso Nacional, no início da noite do dia 1º de dezembro. Fazem parte ainda da instalação quatro laços vermelhos gigantes feitos com balões de gás. Cada laço mede 10 metros. Na inauguração da obra, 700 voluntários da sociedade civil formarão um laço vermelho, que é o símbolo mundial de luta contra a aids.
A instalação é uma promoção do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids, em conjunto com o UNICEF e conta com apoio do Ministério da Defesa, Ministério da Educação, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo do Distrito Federal, das secretarias de Saúde e Turismo do DF, do Corpo de Bombeiros do DF, da Coordenação Estadual de Aids do DF, do Departamento de Trânsito do DF e do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC).
O ato simbólico de lançamento será realizado às 9h30, com a presença dos Ministros da Saúde, Agenor Álvares; da Educação, Fernando Haddad; da Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire; do Secretário Especial dos direitos Humanos da Presidência da República, Paulo de Tarso Vannuchi; da diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão; da representante da Unicef no Brasil, Marrie-Pierre Poirier e de Cazu Barroz e Beatriz Pacheco, participantes da campanha publicitária do dia 1 de dezembro. 1º de dezembro – O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi instituído em 1988, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de aids. As atividades desenvolvidas nesse dia visam a divulgar mensagens de esperança, solidariedade, prevenção e incentivar novos compromissos com a luta. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde. O projeto do laço como símbolo de solidariedade foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York.
Mais informações:
Programa Nacional de DST e Aids - Assessoria de ImprensaTelefones: (61) 3448-100/8088Fax: (61) 3448-8090E-mail: imprensa@aids.gov.br

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