TABAGISMO: ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Fonte: JB Online
Data: 21/05/2007
GENEBRA

O fumo matará 8,3 milhões de pessoas em 2030, 50% mais que hoje, e 80% das vítimas serão habitantes de países de renda média e baixa, segundo dados do relatório de Estatística Sanitária Mundial 2007, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Durante a 60 ª Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, a OMS publicou seu último relatório estatístico. Ele conclui que em 2030 as quatro causas mais comuns de mortalidade serão as doenças cardíacas e pulmonares, os ataques cerebrais e a aids. As mortes relacionadas ao vírus da aids terão duplicado, chegando a 6,5 milhões anuais.

No entanto, em 2015, as mortes por tabagismo serão 10% do total e 50% a mais que as provocadas pela aids, segundo os cálculos da organização. Em 2030, as doenças não contagiosas deverão causar 70% das mortes. Além disso, as mortes por ferimentos aumentarão 40% devido ao forte aumento dos acidentes de trânsito.

A OMS alerta em seu relatório para a má distribuição das despesas em saúde no mundo. Os 30 países mais industrializados, onde vivem menos de 20% da população mundial, dispõem de 90% do orçamento global no setor. Em 2004, os países da OCDE gastaram US$ 3.080 por habitante em saúde, contra US$ 102 da África e do Sudeste Asiático.


União Européia condena o cigarro
Fonte: Jornal O Povo / CE
Data: 23/05/2007

A maioria dos europeus apóia a proibição do fumo em lugares públicos, segundo um estudo da União Européia divulgado ontem. A pesquisa também mostra uma estabilização no número de fumantes, apesar de mais de meio milhão de pessoas morrerem devido ao consumo de cigarros no Continente.

As políticas para eliminar o cigarro nos espaços públicos e locais de trabalho nos 27 países da União Européia têm o apoio de 88% dos europeus, de acordo com um estudo do Eurobarômetro, instituto de pesquisas da Comissão Européia (braço executivo da UE), apresentado ontem em Estrasburgo (leste da França).

Os percentuais de apoio mais elevados foram registrados nos países que já adotaram esse tipo de lei, como a Irlanda, a Suécia e a Itália, ressaltou a pesquisa. Na Espanha, o apoio é de 83%, mesmo que apenas 58% (o segundo número mais baixo depois da Áustria) sejam completamente favoráveis a uma proibição deste tipo.

Embora o apoio dos europeus à proibição do fumo se mantenha firme no que diz respeito a restaurantes (77%), o percentual cai sensivelmente quando a restrição atinge os bares (62%). Entre os fumantes, 59% são a favor de que se elimine o cigarro nos restaurantes, mas apenas 38% apóiam a mesma medida para os bares. "É muito bom saber que o apoio da opinião pública é tão elevado. Isso não faz mais do que reforçar o impulso para eliminar o cigarro em 2009 dos espaços públicos e locais de trabalho na Europa", comentou o comissário europeu de Saúde, Markus Kyprianou.

O estudo mostrou que um em cada três europeus declara estar exposto ao cigarro durante o trabalho, com porcentuais que variam segundo a profissão. Segundo dados oficiais, essa taxa alcança até 85% na Grécia, enquanto que na Irlanda, fica em 4%. Em relação aos funcionários de restaurantes e bares, o percentual é de 70%, segundo o Eurobarômetro. Quanto ao consumo de cigarros na União Européia, quase metade dos europeus (47%) declarou nunca ter fumado, um em cada cinco (21%) afirma ter largado o vício e um terço dos entrevistados (32%) fuma.

A pesquisa do Eurobarômetro mostrou que um em cada três fumantes tentou largar o vício no ano passado, embora 70% tenham voltado a fumar em dois meses, principalmente devido ao estresse. O Reino Unido registrou o maior percentual de pessoas que tentaram, sem sucesso, parar de fumar (42%), enquanto que a Espanha teve a maior taxa de fumantes que não querem abandonar o vício (80%). A Comissão Européia anunciou ontem o lançamento para o próximo 31 de maio de um novo serviço, via e-mail, de ajuda para quem quer parar de fumar.

Segundo números da comissão, 650.000 pessoas morrem anualmente na União Européia em decorrência do tabagismo, enquanto que outras 80.000 são vítimas do fumo passivo, o que torna o vício a causa de doenças e mortes prematuras com mais possibilidades de ser evitada. Especialistas acreditam que 25% das mortes por câncer e 15% do total de mortes poderiam ser atribuídas à dependência em nicotina.

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